Preso temporariamente nesta segunda-feira (16) por estupro de vulnerável, o colombiano Andres Eduardo Oñate Carrilo, de 32 anos , apagou vídeos de seu celular com medo de ser detido.
Em depoimento à Polícia Civil, o anestesista suspeito de violentar ao menos duas mulheres sedadas durante cirurgias confessou que é ele quem aparece nas imagens gravadas. O médico , de acordo com os investigadores, ainda gravava e armazenava os crimes . A polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa dele.
Os agentes, na próxima etapa da investigação, vão realizar perícias nos computadores e aparelhos apreendidos para tentar recuperar provas que possam ter sido deletadas. As duas pacientes gravadas estavam em uma mesa de cirurgia e aparentavam estar desacordadas pelo efeito da anestesia.
Uma das vítimas foi operada no Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth, em Saquarema. O acusado não atua na unidade desde setembro de 2021. Já a outra, era paciente do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), que informou que "está colaborando com a Coordenação de Relações Institucionais e Articulações com a Sociedade (Corin/UFRJ), que foi acionada para o caso, que está sob sigilo judicial. Não houve denúncias à nossa unidade".
Em depoimento, o anestesista disse nunca ter abusado sexualmente de crianças, mas admitiu ver "imagens e vídeos tanto de meninos quanto meninas".
Preso na manhã de hoje
Na manhã desta segunda-feira (16), a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) prendeu o anestesista colombiano Andres Eduardo Onate Carrillo, de 32 anos, por estuprar ao menos duas pacientes sedadas durante cirurgias
, além de produzir e armazenar material de pornografia infantil
.
Andres Eduardo, que é casado, foi preso na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro . Os policiais acordaram o médico ao lhe dar voz de prisão.
De acordo com a polícia, as investigações tiveram início em dezembro de 2022 a partir do compartilhamento de informações pelo Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil (Sercopi) da Polícia Federal e contou com apoio da Inteligência do 2º Departamento de Polícia de Área (DPA) da Polícia Civil.
Durante os trabalho, os agentes da Polícia Civil constataram que o médico mantinha armazenado em seus compartimentos eletrônicos mais de 20 mil arquivos contendo imagens de abuso sexual envolvendo crianças a adolescentes. Os materiais chamaram a atenção dos policiais durante a análise pela gravidade e quantidade de arquivos, que incluíam até bebês com menos de um ano de vida.
Após a prisão do suspeito, a polícia espera avançar nas investigações. Os agentes estão levantando todas as unidades nas quais o médico trabalhava para tentar encontrar possíveis novas vítimas.
— Com informações do jornal O Globo