Natalia Pasternak, pesquisadora da USP
Divulgação/Agência Senado/Jefferson Rudy
Natalia Pasternak, pesquisadora da USP

O Instituto Questão de Ciência , juntamente a outros três grupos técnicos voltados para a  saúde , sugeriram à equipe de  transição  do  governo Lula  que o Programa Nacional de Imunização ( PNI ) consiga trabalhar de forma mais autônoma do que é visto na atual gestão.

De acordo com a cientista e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Nastalia Pasternak, a ideia de ter uma PNI com mais  autonomia não é um assunto novo, já sendo discutido com outras entidades como a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Ela ressalta ainda que a proposta foi bem recebida pela equipe de  transição responsável pela  Saúde .


"Isso [a estrutura do PNI ] nunca foi um problema antes, mas quando apareceu um governo negacionista, e a gente não tem como garantir que isso não se repita, a gente viu como a estrutura do PNI é frágil. Um programa que sempre teve muito prestígio foi desprestigiado, sucateado e ficou incapaz de tomar decisões de forma autônoma ", afirmou Pasternak em entrevista coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), local se do GT.

PNI , atualmente, fica sob comando do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância e Saúde . Com isso, o plano se encontra no quarto escalão da pasta. Os  cientistas pedem para que na nova gestão, a  PNI  seja elevado à condição de departamento, tendo maior garantia de estrutura, orçamento e autonomia nas decisões.

O instituto ainda propôs que seja criado um assessor especial da presidência para assuntos  científicos . Este tipo de cargo é comum para outros temas, como sobre assuntos internacionais. Pasternak coloca que esta pessoa teria que ter um acesso a toda pasta e trabalhe de forma transversal, conseguindo traduzir  ciência para o chefe do executivo e aos ministros. 

Propostas para melhora da comunicação e divulgação  científica e na área da  saúde também foram temas levantados.

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