A Polícia Rodoviária Federal ( PRF ) informou que neste domingo (20), que registrou 30 pontos de bloqueios e interdições nas rodovias do país . Segundo a corporação, são 19 interdições (quando o fluxo na via é parcialmente interrompido) e 11 bloqueios (quando a passagem de veículos é totalmente obstruída).
Segundo o boletim da PRF, as paralisações totais ocorrem somente no estado do Mato Grosso . Veja lista das estradas paradas neste domingo:
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Sorriso (3);
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Lucas do Rio Verde (2);
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Matupá;
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Campo Novo do Parecis;
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Campos de Júlio;
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Nova Mutum;
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Água Boa;
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Sinop
As interrupções foram zeradas no dia 9 de novembro. No entanto, retornaram nesta sexta-feira (18). No sábado (19), os bloqueios e interdições chegaram a somar 31.
Os protestos nas estradas começaram após o resultado das eleições, no último dia 30, que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) . Desde o início das operações, a PRF contabilizou que 1.180 bloqueios de manifestantes apoiadores do mandatário foram desfeitos.
Os atos recentes contrariam a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que determinou que as rodovias fossem desbloqueadas no último dia 31. Para o ministro, as manifestações “desvirtuam o direito constitucional de reunião”.
No dia 11 de novembro, Moraes ampliou a decisão para todo o território nacional . O ministro determinou também a aplicação de multa de R$ 100 mil por hora aos proprietários e empresas que apoiam os manifestantes.
"DETERMINANDO-SE AINDA QUE TODOS OS VEÍCULOS SEJAM
IDENTIFICADOS E QUE SEJA APLICADA A MULTA HORÁRIA DE
R$ 100.000,00 (CEM MIL REAIS) prevista na decisão de 31/10/2022 (doc.2769) aos proprietários dos veículos, bem como IDENTIFICADAS AS EMPRESAS E PESSOAS que incorrem no descumprimento da decisão", escreveu Moraes.
Bloqueios de contas de suspeitos de financiar os protestos
No dia 17 de novembro, Alexandre de Moraes determinou que o Banco Central bloqueie as contas bancárias de 43 empresas e empresários suspeitos de financiarem atos antidemocráticos realizados após o resultado da eleição.
Na decisão, Moraes mandou a Polícia Federal colher o depoimento dos alvos em um prazo de dez dias. O ministro cita que a manifestação realizada no Quartel-General do Exército em Brasília, com pedidos de intervenção militar, é "ilícita" e pode configurar crime contra o estado democrático.
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