![Maioria dos entrevistados considera que aborto é uma questão de saúde pública ou direitos Maioria dos entrevistados considera que aborto é uma questão de saúde pública ou direitos](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/9z/3l/rx/9z3lrxeqjnd18v9esg83iazpl.jpg)
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e pelo Instituto Locomotiva divulgada em março deste ano, revela que 73% da população brasileira que defende a proibição do aborto em qualquer circunstância não está pensando no que vai acontecer com a mulher/menina se ela for obrigada a levar a gravidez até o final.
![pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e pelo Instituto Locomotiva pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e pelo Instituto Locomotiva](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/6v/ls/pd/6vlspdeibayuvx0v98tvadphf.jpg)
A primeira parte do levantamento fala sobre o estupro. Cerca de 64% da população – o que representa mais de 120 milhões de brasileiros – conhece uma mulher ou menina que já foi vítima de estupro.
Além disso, 16% das mulheres entrevistadas já foram vítimas de estupro, o que representa 14 milhões de mulheres que já sofreram essa forma extrema de violência sexual. Em 84% dos casos relatados, o estuprador foi alguém do círculo social da vítima e, em 65%, o estupro ocorreu dentro de casa.
Os dados da pesquisa ainda mostram que 64% sabem que a vítima de estupro pode interromper a gravidez de forma legal e segura, mas apenas 46% sabem que não é necessário boletim de ocorrência.
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Segundo a pesquisa, para 86% dos entrevistados, os corpos e mentes de meninas ainda não estão preparados para uma gravidez.
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E para 74%, os casos em que o aborto é previsto por lei devem ser mantidos ou ampliados.
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Ainda, a pesquisa mostra que a maioria (84%) reconhece os riscos de se realizar um aborto de forma clandestina no Brasil e considera que o tema diz respeito a saúde pública ou direitos.
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A pesquisa nacional online 'Percepções sobre direito ao aborto em caso de estupro' foi realizada pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva. Participaram do estudo 2 mil pessoas, com 16 anos ou mais, entre 27 de janeiro e 4 de fevereiro de 2022. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
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