A Polícia Federal informou na noite deste domingo que encontrou a embarcação utilizada pelo indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips no Rio Itaquaí, nas proximidades da comunidade de Cachoeira, no extremo Oeste do Amazonas. Eles foram assassinados no início de junho enquanto visitavam comunidades ribeirinhas da região do Vale do Javari, segunda maior reserva indígena do país que sofre com invasões de pescadores, caçadores e garimpeiros ilegais.
Desde a última quinta-feira, a Polícia Federal procurava a embarcação com a ajuda da Polícia Civil, Marinha, bombeiros e indígenas. Para localizá-la, os investigadores contaram com a ajuda de mergulhadores, redes e equipamentos com ganchos.
Para ocultar o assassinato, os criminosos afundaram o veículo no leito do rio, com sacos de terra, além de terem queimado e enterrado os corpos em local de "dificílimo acesso", segundo a PF. O principal suspeito do crime, Amarildo Oliveira da Costa, o Pelado, que está preso desde o dia 7 de junho, teria indicado aos policiais os locais onde o bando havia escondido os restos mortais e o barco.
"A embarcação será submetida nos próximos dias aos exames periciais necessários, de modo a contribuir com a completa elucidação dos fatos", diz a nota da PF.
Em outra nota divulgada hoje, a PF comunicou que está em busca de outros cinco homens acusados de participarem da ocultação dos cadáveres. Outros três estão presos suspeitos de terem disparado contra o jornalista e o indigenista, entre eles Pelado. "As investigações continuam no sentido de esclarecer todas as circunstâncias, os motivos e os envolvidos no caso", completa o texto.
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