A Justiça do Rio de Janeiro recusou o pedido da defesa do ex-vereador Jairinho de suspender o interrogatório, marcado para segunda-feira (13), no processo que investiga a morte do menino Henry Borel. A decisão foi o desembargador da 7ª Câmara Criminal, Joaquim Domingos de Almeida Neto.
Os advogados de Jairinho entenderam que houve cerceamento de defesa após a juíza responsável pelo caso, Elizabeth Louro, negar o pedido de novos depoimentos de médicos e peritos que atenderam Henry no dia do crime. Em seu despacho, Almeida Neto entendeu que o pedido visa estender o processo.
"Se assegurar plenitude de defesa não pode levar ao absurdo de eternizar o processo, escavucando o nada a cada vez que o processo chega próximo ao seu desate, pedindo a produção de novas provas", afirmou.
Jairinho é o principal acusado pela morte do menino Henry Borel, em março de 2021. A mãe do garoto, Monique Medeiros, também é ré no processo.
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O ex-vereador deveria ter prestado depoimento no mês passado, mas foi adiado após uma decisão de Elizabeth Louro. A magistrada ainda dispensou a participação de Monique no interrogatório do namorado.
O Ministério Público do Rio de Janeiro acredita que as 23 lesões graves encontradas no garoto foram provocadas por Jairinho. O médico ainda foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunha.
Monique Medeiros também é acusada por homicídio omissivo, coação de testemunha, tortura omissiva e falsidade ideológica.