Fim de semana será de frio e pouca chuva em grande parte do país
Roberto Parizotti/FotosPublicas
Fim de semana será de frio e pouca chuva em grande parte do país

A poucas semanas de o outono terminar e dar lugar à chegada do inverno, o Brasil terá mais um fim de semana de baixas temperaturas em grandes partes do país. Segundo dados do Metsul, a tendência é de temperaturas baixas ao longo do dia, no sábado e no domingo, mesmo com a incidência do sol.

De acordo com o instituto, as madrugadas de sábado, domingo e segunda-feira serão mais geladas em decorrência de uma geada generalizada, que deve atingir grande parte do Centro-Sul do país.

Por conta do fenômeno, os termômetros devem marcar temperaturas abaixo de zero ao amanhecer em várias cidades. O ar frio também trará queda de temperatura na região Sul e em parte das regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.

De acordo com o meteorologista Marcio Cataldi, da Universidade Federal Fluminense (UFF), a previsão é de que uma frente fria chegue hoje à noite ao país, o que pode ocasionar pancadas de chuva localizadas por conta da circulação da massa de ar. A tendência é que as condições melhorem no domingo, embora as temperaturas caiam em diversas regiões.

"Estamos com a previsão da chegada de uma massa de ar polar, que não deve ser como a de maio, mas que vai derrubar as temperaturas. Ela vai entrar nesta madrugada [de sexta para sábado] com maior intensidade. Vai trazer geadas fortes em diversos pontos do sul do Brasil sábado e domingo, mas esse frio também vai atingir parte da região Norte, mais uma vez no fenômeno friagem, o que vai produzir nebulosidade e provocar chuvas fortes", aponta o meteorologista do Inmet Mamedes Luiz Melo.

Outro fenômeno que intervém no clima neste período do ano é o La Niña. Trata-se do resfriamento das águas do oceano pacífico tropical, influenciando na incidência de chuvas em diversas regiões do Brasil e potencializando a incidência de chuvas nas regiões Norte e Nordeste, mas aumentando o risco de seca ou de chuvas irregulares na Região Sul.

"Isso modifica a circulação geral da atmosfera. O La Niña já vem atuando há dois anos. Para a gente aqui no Brasil, traz um inverno mais rigoroso, algumas chuvas mais rigorosas no Norte e no Nordeste. Quando essas massas de ar polar entram, elas organizam frentes frias, que trazem grandes volumes de chuva. Mas trata-se de uma característica normal do período porque a água do oceano está mais quente do que o continente, o que forma os tradicionais ciclones extratropicais", diz Melo.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM) da ONU, há 70% de chance de que o La Niña, que começou em setembro de 2020, continue, pelo menos, até agosto. O fenômeno tem grandes repercussões no clima em todo o mundo, diferente do El Niño, que tem efeitos de aquecimento nas temperaturas em menor escala.

A organização também acredita que chuvas acima da média registradas no Sudeste Asiático e na Austrália podem estar ligadas ao fenômeno, assim como as previsões de uma temporada de furacões mais intensa no Atlântico.

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