O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, disse nesta quarta-feira a deputados que não houve atraso por parte das Forças Armadas nas buscas pelo jornalista inglês Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Pereira, desaparecidos desde domingo na Amazônia. Segundo ele, 150 militares participam do esforço para encontrá-los.
O profissional do jornal britânico “The Guardian” e o ex-servidor da Funai receberam ameaças de pessoas que atuam de forma ilegal no Vale do Javari. O titular foi convidado pela Comissão de Fiscalização Financeira para tratar da compra de viagra pelas Forças Armadas, mas falou sobre o assunto ao ser questionado pela deputada Vivi Reis (PSOL-PA).
— Considerando as distâncias, o tamanho da Amazônia e a geografia da floresta e dos rios, pode parecer que houve retardo, mas não houve — disse o ministro.
O general afirmou ainda que as autoridades trabalham de forma coordenada.
— Tão logo a notícia surgiu, eu tomei ciência, liguei imediatamente, passei mensagem no grupo de comando de forças e falei: 'imediatamente, o que tiverem por perto, coloquem a disposição. Hoje já temos em torno de 150 militares, pessoal do exército, gente especializada em entrar no mato, no rio, no furo. Pessoal da marinha lá. helicópteros na área. e tudo está sendo feito, em coordenação com a PF, com as agências governamentais do meio ambiente.
Ele disse ainda que dois helicópteros, um do Exército e outro da Marinha, além de equipe médica e um efetivo das Forças Armadas trabalham na procura pelos desaparecidos.
— O helicóptero da Polícia Federal deu um problema, por isso é bem provável que a gente tenha que reforçar em termos de aeronaves.
O titular da pasta também foi indagado pela deputada do PSOL sobre a espera de 48 horas para que as Forças Armadas enviassem helicópteros.
— Nós estamos falando de Atalaia do Norte, estamos falando de um local onde não chega nem avião, não tem campo de pouso. O helicóptero mais perto do Exército sai de Manaus e ele já estava pronto na manhã de ontem para atuar na área. A Marinha, da mesma forma, estava lá no dia anterior” — disse o ministro.
Ao explicar os motivos da compra de mais 35 mil comprimidos de Viagra e de 9 próteses penianas, Oliveira disse que as aquisições seguiram “todos os princípios de eficiência da administração pública”.
— Como qualquer cidadão, os militares, seus pensionistas e demais usuários dos sistemas de saúde das Forças Armadas, têm direito a atendimento médico especializado — disse o general.
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