As empresárias Leonor América Castro de Abálsamo e Evangelina Mariel Trotta, mortas em Búzios
Reprodução - 25.04.2022
As empresárias Leonor América Castro de Abálsamo e Evangelina Mariel Trotta, mortas em Búzios

A imprensa argentina tem repercutido a morte da empresária Evangelina Mariel Trotta, de 48, com 18 facadas, dentro da casa dela, Rua Jacob José Luiz, na Praia de João Fernandes, em Búzios , na Região dos Lagos. Em reportagem publicada no jornal Clarín, é citado um “clima de medo” entre mulheres que vivem na cidade. O local é conhecido, sobretudo desde a década de 70, por abrigar uma grande população dessa nacionalidade, que mora e trabalha na região. De acordo com as investigações da 127ª DP (Armação de Búzios), o ex-marido da vítima é o principal suspeito do crime .

"Coisas estranhas acontecem em Búzios. Com as mulheres em geral, mas com as argentinas em particular. Não vivemos em paz e a Justiça aqui não nos apoia porque somos estrangeiras”, disse uma mulher, que teve a identidade preservada, ao jornal. "Temos medo, não estamos calmos e vivemos inseguros”, contou outra, também na condição de anonimato.

A reportagem menciona ainda a morte da empresária Leonor América Castro de Abálsamo, de 70 anos, encontrada com oito facadas no pescoço no quarto de um albergue, no Centro de Búzios, em 19 de março. Ela vivia em Búzios há quase três décadas e já havia trabalhado em barracas de artesanato, vendido souvenirs e negociado excursões para turistas.

Antes do crime, Leonor teria planejado viajar para a Espanha, onde mora seu filho, e, por isso, cancelou o contrato que tinha com a locação de uma casa e se mudou temporariamente para o estabelecimento. No dia da viagem, um criminoso teria invadido o local, a estuprado, a roubado e fugido. Segundo o Clarín, as câmeras de segurança não flagraram o bandido e, até o momento, ninguém foi preso.

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Nesse mesmo dia, a 700 metros do albergue, a brasileira Pamela Santos Carvalho, de 26 anos, também foi encontrada morta. A jovem, que trabalhava em uma sorveteria na região, estava desaparecida havia oito dias.

Segundo o delegado Sergio Elias Santana Júnior, titular da 127ª DP, no caso de Evangelina, a principal linha de investigação é que o homicídio tenha sido cometido pelo inconformismo do seu ex-marido, um empresário de 59 anos, com o término do relacionamento. O casal, que tem três filhos adolescentes, de 18, 15 e 13 anos, estava separado há aproximadamente um ano e meio e, nesse período, ela procurou a delegacia para fazer registros como vítima dele de crimes como ameaça e lesão corporal.

Até o momento, sete testemunhas foram ouvidas na distrital e imagens de câmeras de segurança da região estão sendo analisadas pelos agentes para esclarecer a dinâmica do crime. Por volta de 12h da última sexta-feira, dia 22, homens da Guarda Civil Municipal. Na residência de Evangelina, não havia sinais de arrombamento e vizinhos informaram que o ex-companheiro da empresária foi visto saindo do local em um HB20 branco. Agentes do 25º BPM (Cabo Frio) também foram chamados.

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