Caso Henry: Leniel entra com recurso pedindo volta de Monique à prisão

A ré, por participar da morte do filho, passou a cumprir prisão domiciliar no último dia 5

Leniel entrou com recurso pedindo volta de Monique à prisão
Foto: BRUNNO DANTAS-TJRJ
Leniel entrou com recurso pedindo volta de Monique à prisão

Os advogados que representam Leniel Borel, pai do menino Henry — morto em 8 de março do ano passado no apartamento em que morava com a mãe e o padrasto, então vereador Doutor Jairinho — entraram com recurso na 2ª Vara Criminal para que Monique Medeiros volte à unidade prisional, revogando decisão da última semana, que permitiu à mãe de Henry que cumprisse prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica .

A defesa de Leniel se embasa na prisão de Monique e seu companheiro, Jairo Souza Santos Junior, "pelos graves crimes de tortura, falsidade ideológica, fraude processual, coação no curso do processo". Por isso, o casal teve a prisão preventiva decretada em 8 de abril de 2021.

Prestes a completar um ano em unidade prisional, Monique Medeiros foi autorizada a cumprir prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica , no último dia 5. Citando a decisão da magistrada Elizabeth Machado Louro — segundo a qual Monique não deveria ter as mesmas penas aplicadas Jairo e sofreu ameaças e violações dentro da unidade prisional —, a ação de Leniel Borel diz que "os argumentos lançados em sua decisão não merecem prosperar".

O recurso defende também que não há como separar a conduta do casal. “Como se vê, a conduta comissiva de Jairo só foi possível graças à ação omissiva de Monique. Logo, a conduta desta é (no mínimo) tão grave quanto”, diz o texto.

Sobre a intenção de preservar a integridade de Monique, que estaria sofrendo ameaças na prisão, a ação de Leniel cita que existem outras medidas para proteger a acusada sem colocá-la em prisão domiciliar.

Por fim, o texto apresenta capturas de tela do Instagram, em que Monique, que deveria manter contato apenas com familiares e advogados, "enviou foto pessoal (selfie) para pessoa que não tinha permissão de fazer contato", o que, segundo ação do pai de Henry, seria um indício de que Monique Medeiros "descumpriu (em menos de 24 horas) a decisão que lhe concedeu prisão domiciliar".