O homem morto durante uma operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, na noite desta quinta-feira, dia 10, é suspeito de matar o policial civil André Frias durante outra ação da corporação na mesma comunidade, em maio do ano passado. João Carlos Sordeiro Lourenço, conhecido como João Jaca, teria reagido ao ser abordado pelos agentes, foi baleado, chegou a ser levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos. Com ele, foram encontrados um carregador e uma pistola com o chamado “kit rajada”.
De acordo com a Polícia Civil, João do Jaca tem diversas anotações criminais por tráfico de drogas, associação para o tráfico, resistência qualificada, porte ilegal de arma de fogo e porte de artefato explosivo ou incendiário. As investigações apontam que, dentro da quadrilha que integra a maior facção criminosa do estado, ele era o homem de confiança de Felipe Ferreira Manoel, conhecido como Fred, o chefe de alguns pontos de venda de drogas na comunidade, como Fundão e Vasco Talibã.
Em fotos, o criminoso se exibia com frequência com fuzis, pistolas, granadas e drogas e costumava fazer ameaças às forças policiais. Em uma das imagens, ele aparece em uma seteira (muro com aberturas para apoio de armas de fogo) construída no Jacarezinho, exatamente de onde partiu o tiro que atingiu André Frias na Operação Exceptis, considerada a mais letal da história, deixando 28 mortos.
Em protesto à ação da Core, moradores queimaram pneus na entrada da favela, interditando parcialmente a Av. Dom Hélder Câmara, durante a noite. A Polícia Militar informou que foi acionada para local e que não houve confronto armado envolvendo a corporação. Equipes da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) e do 3º BPM (Méier) também atuaram para estabilizar a região. O Jacarezinho foi uma das comunidades escolhidas pelo governador Cláudio Castro para iniciar o projeto Cidade Integrada, há cerca de três semanas.