Vereadora de Curitiba sofre ataques racistas após ato por Moïse

Carol Dartora foi chamada de 'preta safada' e acusada de cristofobia; legisladora nega que tenha participado de protesto que entrou em igreja

Vereadora Carol Dartora recebeu mensagens racistas após ato que pedia justiça por Moïse Kabagambe
Foto: Reprodução
Vereadora Carol Dartora recebeu mensagens racistas após ato que pedia justiça por Moïse Kabagambe

A vereadora de Curitiba, Carol Dartora (PT), compartilhou nesta quarta-feira uma série de ofensas racistas que recebeu em suas redes sociais. A legisladora também foi acusada de cristofobia após ter participado de um protesto, no sábado, que pedia justiça pela morte do congolês Moïse Kabagambe. Na ocasião, manifestantes entraram em uma igreja da capital paranaense. A parlamentar nega que tenha integrado esse ato.

Uma das mensagens chama a vereadora de "preta safada sem vergonha". Carol é a primeira vereadora negra de Curitiba. "Imunda, cristofobia é crime", prossegue o texto enviado por um usuário do Instagram.

A legisladora também foi chamada de "macaca fedorenta" por outra pessoa, na mesma rede social. "Você não dura dois meses", acrescenta a agressora.

Carol compartilhou uma terceira mensagem ofensiva que recebeu. No texto, a vereadora é acusada de "invasora de igreja" e é chamada de "filha de satã".


A vereadora afirma que não entrou na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, onde um grupo de manifestantes esteve no último sábado e interrompeu a missa.

"Não entrei na igreja, não participei da organização do ato e não participei da decisão de entrar na igreja, mas também não julgo quem expressa sua indignação. Nenhum tipo de violência deve ser tolerada", escreveu a vereadora, em suas redes sociais.