O Museu do Holocausto, em Curitiba, respondeu o apresentador Bruno Aiub, conhecido como Monark, do podcast Flow, por meio de um convite para conhecer a instituição após ele concordar com a existência de um partido nazista no Brasil, permitido por lei.
Na gravação do programa com os deputados Tabata Amaral e Kim Kataguiri, Monark disse ainda que quem é "antijudeu" deveria ter o direito de mostrar-se assim. Em razão disso, patrocinadores repudiam a fala e encerram contratos.
"Em 2020, em nome de um 'antitabu', o apresentador de podcast Bruno Aiub, conhecido como Monark, disse que conversaria 'sem problemas' com Hitler. Ontem (07), foi além: se disse favorável a legalizar o partido nazista e que pessoas deveriam ter o direito de serem 'antijudeus'. Respeitosamente, o convidamos a visitar o Museu do Holocausto de Curitiba. Será um prazer recebê-lo, @monark! Venha!", iniciou o museu por meio de postagem divulgada no Twitter nesta terça-feira.
"Aqui, você perceberá que o nazismo foi muito além de pessoas exercendo, em suas palavras, o 'direito de serem idiotas'. Aqui, aprenderá que o partido nazista refletia uma pequena minoria e que, por ter suas ideias de supremacia e extermínio consentidas, pôde crescer e perpetrar o Holocausto. Ser 'antijudeu' não é ser contra um conjunto de ideias, mas contra a existência de um grupo de pessoas", acrescentou.
"Aqui, @monark, você certamente verá que o indivíduo e suas liberdades, direitos e deveres não existem fora da sociedade. Portanto, a liberdade individual se limita quando se choca com a liberdade do Outro. É por isso que estamos sempre em alerta! #portodaavidavamoslembrar".