Durval Teófilo Filho, vítima do sargento da Marinha
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Durval Teófilo Filho, vítima do sargento da Marinha

Amigos de trabalho de Durval Teófilo Filho fazem um protesto em frente ao cemitério Municipal São Miguel, em São Gonçalo, antes do sepultamento. Tanto companheiros do mercado onde ele trabalhava como repositor, como antigos colegas do estaleiro onde a vítima trabalhou se mostraram indignados com o fato de o crime ter sido tipificado pela Polícia Civil como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Mas a tipificação foi mudada para homicídio doloso, após audiência de custódia, nesta tarde.

Durval foi morto a tiros pelo vizinho, o sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, no bairro Columbandê, após ser confundido com um ladrão .

Todos estão segurando cartazes com pedidos de justiça e palavras de ordem contra o racismo. Duas viaturas da Guarda Municipal de São Gonçalo chegaram ao local e se posicionaram na entrada do cemitério, com os agentes observando os manifestantes.

Auxiliar de caixa do mercado onde Durval trabalhava, Glauce Medeiros descreveu a vítima como uma pessoa amável e querida por todos. Assim como os familiares, ela aponta racismo como motivador da morte do amigo.

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"Ficamos todos revoltados com essa história de homicídio culposo. Como não tem intenção de matar alguém que atira três vezes. Não foi um tiro, foram três. Esse assassinato abalou a todos os amigos deles. Não existia pessoa mais amada e querida do que o Durval. Todos gostavam dele. Ele era uma pessoa grande, forte, mas tinha um sorriso que conquistava todos. Não tinha uma pessoa que não gostasse dele", disse Glauce.

Melhor amigo de Durval no trabalho, o também repositor Jarbas Matianiano formava uma dupla inseparável com o amigo. Tendo sido pai recentemente, ele estava esperando para apresentar a filha ao melhor amigo e não vai poder mais.

"Nós éramos muito unidos. Entramos e fizemos todo processo de integração juntos. Conhecia a família dele e ele estava para conhecer minha filha e não vai poder mais por quê um assassino atravessou o caminho dele. Era uma pessoa muito boa."

Representantes da Comissão de Direitos Humanos da Alerj e do movimento negro estão presentes ao sepultamento para dar atendimento e suporte aos familiares.

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