Uma criança de 2 anos de idade, filho do delegado Carlos Alberto Gomes Pereira Filho, morreu engasgado com uma tampa de garrfa pet na última sexta-feira (07). O rapaz, integrante da Polícia Civil, se pronunciou pela primeira vez sobre o acidente por meio de uma carta enviada à imprensa.
Acusado de negligência, o delegado da Polícia Civil do Amapá afirmou que estava sozinho no momento do acidente. "Eu fiz de tudo para salvar a vida do meu filho. Quando ele engoliu a tampinha, estava próximo de mim, e o fez no momento em que eu estava organizando as coisas pós-almoço. Não houve falta de cuidado, ele estava sendo monitorado".
Carlos Alberto explicou que, no momento em que a criança ficou em silêncio, o rapaz organizava a casa. Nesse momento, percebeu que o menino não se mexia. "Assustado e sozinho, tentei identificar o que estava ocorrendo, mas no momento de desespero não consegui entender ou detectar o motivo, a reação que consegui ter, naquele momento, foi de checar os seus sinais vitais, que estavam presentes".
O agente de segurança afirmou que levou a criança à unidade de saúde mais próxima e o atendimento hospitalar demorou para iniciar o socorro. "Lá chegando, o médico imediatamente o atendeu. A equipe médica optou por chamar o Samu, que chegou após aproximadamente 30 minutos, o que aumentou ainda mais a minha angústia, já que não sabia o que estava acontecendo com o meu filho. Após a sua chegada aA equipe do Samu rapidamente identificou o problema e retirou uma tampinha de garrafa pet das vias aéreas do meu filho. Infelizmente, ele já não apresentava mais sinais vitais".
Leia Também
No documento, segundo o portal Metrópoles, o delegado da Polícia Civil explica que não foi ao velório e ao enterrodo filho por ameaças sofridas.
"Quero na oportunidade me solidarizar verdadeiramente com a família. Mas, quero que não se esqueçam que eu também sou a família. Todos estão sofrendo muito, jamais em minha vida gostaria que isso tivesse ocorrido. Não desejo isso a ninguém, eu era o maior interessado em ver meu filho bem. Mas não se esqueçam que sou um pai que assistiu ao seu filho morrer. Não quero dizer que minha dor é maior que a de ninguém, mas também não é a menor", afirmou Carlos Alberto.