Famílias indígenas atingidas pelo desastre ambiental de Mariana (MG) , em novembro de 2015, onde a lama de rejeitos de minério trouxe para eles prejuízos na agricultura, no artesanato e na pesca, receberão quase R$ 400 milhões em indenizações.
Conforme acordado pela Fundação Renova famílias da comunidade de Aracruz, no norte do Espírito Santo, que tiveram prejuízos na agricultura, no artesanato e na pesca, serão incluídas na indenização .
Os acordos foram feitos após mais de 40 reuniões com os indígenas Guarani e Tupiniquim de três territórios que representam o total das terras indígenas afetadas na foz do Rio Doce.
As indenizações consideram o valor para três tipos de ocupações: agricultor informal, pescador informal e artesão informal, a ser pago para cada família, alinhado com os critérios do Sistema Indenizatório Simplificado.
Todas as decisões foram autenticadas pela 12ª Vara Federal. O cacique Antônio Carlos disse ao Metrópoles sobre a brusca mudança de vida que as famílias da região tiveram que enfrentar após o desastre.
“Você não poder usufruir do espaço que você nasceu e cresceu é uma perda de identidade, é uma perda cultural. A criança hoje que nasceu em 2015 não sabe pescar e nem nadar no lugar onde está sua família”, afirmou.
Incluídos no acordo, recentemente foram finalizados cerca de 300 pagamentos às famílias da Terra Indígena de Comboios, em Aracruz. Além disso, no final de novembro, foi realizado o atendimento para a definição do acordo com 56 famílias indígenas Guarani ligadas à Associação Indígena Mboapy Pindó.
As associações indígenas que representam os aldeados e têm trabalhado no processo de reparação também estão sendo indenizadas.
As informações são do jornal Metrópoles .