Caso Henry: 'Será uma oportunidade para um contra-ponto', diz juíza
Renan Olaz/CMRJ
Caso Henry: 'Será uma oportunidade para um contra-ponto', diz juíza

A juíza Elizabeth Machado Louro, do II Tribunal do Júri, irá ouvir, a partir das 9h30 desta terça-feira, dia 14, as seis testemunhas de defesa do médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior,  o Jairinho, na continuação da audiência de instrução e julgamento do processo em que ele e sua ex-namorada, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, são réus por torturas e homicídio do filho dela, Henry Borel Medeiros. Ela pediu reforço de segurança nas dependências do plenário, onde irão ocorrer os depoimentos, que devem ser acompanhados pelo ex-casal, preso preventivamente desde 8 de abril pelos crimes.

"É uma fase em que a defesa terá uma oportunidade de colocar as testemunhas de seu interesse, fazendo um contra-ponto a prova da acusação. Espero que tudo corra na mais serena ordem, porque não há razão para tumultuar", disse Elizabeth.

"A minha expectativa é terminar as oitivas das testemunhas de defesa e os interrogatórios dos acusados para que a gente encerre essa primeira etapa e possa, no ano que vem, ir para a reta final desse processo", afirmou o promotor Fábio Vieira.

No aditamento que fez na denúncia do Ministério Público, o promotor sustenta que o casal assumiu o risco de matar Henry, mas não tinha a intenção direta de fazê-lo. Se antes Jairinho teria matado porque a criança atrapalhava seu relacionamento, agora a acusação alega que ele agiu por “sadismo” para satisfazer o seu próprio prazer e que Monique via vantagem financeira no namoro, “em detrimento da saúde física e mental do seu filho”.

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Nesta terça-feira, será ouvida a cabeleireira Tereza Cristina dos Santos, arrolada pelo promotor Fábio Vieira e que não havia sido localizada nem intimada para a audiência do dia 6 de outubro. Na sequência, devem ser ouvidas as seis testemunhas de Jairinho: a assessora Cristiane Isidoro; a secretária executiva Fernanda Abidu Figueiredo, ex-namorada de Jairinho e mãe do filho mais velho dele, o estudante Luis Fernando Abidu Figueiredo Santos, que também irá depor; a tia do ex-parlamentar, a professora Herondina de Lourdes Fernandes; além de Thiago Kwiatkowski Ribeiro, conhecido como Thiago K Ribeiro, que foi vereador com Jairinho na Câmara Municipal do Rio por três mandatos e tomou posse como conselheiro do Tribunal de Contas do Município (TCM) esse ano.

Amanhã, devem depor as testemunhas selecionadas pelos advogados de Monique, como sua mãe, a também professora Rosângela Medeiros da Costa e Silva; seu irmão, o estudante Bryan Medeiros da Costa e Silva; além de duas ex-namoradas de Jairinho, Debora de Melo Saraiva e Natasha de Oliveira Machado, que também relataram que seus filhos foram vítimas de sessões de violência por parte do ex-vereador.

Para o advogado Hugo Novais, que defende a professora, a continuação da audiência de instrução e julgmento servirá para que "a justiça seja feita e ela seja inocentada":

"Com os depoimentos, teremos a possibilidade de demonstrar que a Monique não tinha conhecimento de nenhuma prática de agressão, muito menos de tortura praticada contra o Henry, e também não concorreu para a triste morte dele".

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