Acidente deixou pelo menos seis mortos na manhã de ontem
Reprodução / Twitter / Corpo de Bombeiros PMESP @BombeirosPMESP
Acidente deixou pelo menos seis mortos na manhã de ontem

O acidente envolvendo um ônibus que ocorreu nesse sábado (13) , na Rodovia Oswaldo Cruz, em São Paulo, deixou seis mortos, que tiveram as identidades divulgadas na tarde deste domingo (14) . Confira, abaixo, o que se sabe sobre ocorrido.

O coletivo transportava 67 pessoas — com o motorista — e tombou na altura do km 75,8 da rodovia. O automóvel seguia em direção a Paraty, no Rio de Janeiro. No local do acidente, o Corpo de Bombeiros encontrou cinco mortos, mas, entre os feridos, um deles não resistiu e acabou morrendo.

No total, 48 vítimas foram socorridas e 12 delas não tiveram ferimentos. Dez carros dos bombeiros, além de um helicóptero da Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram mobilizaram, chegando no local às 7h. A rodovia só foi liberada por volta das 16h.

Ambulâncias municipais de São Luís do Paraitinga e Ubatuba também ajudaram no socorro das vítimas. 

A Santa Casa de Ubatuba recebeu o resgate de 34 pessoas. Outras 11 foram encaminhadas ao Hospital Regional de Taubaté e três ao Pronto Socorro de São Luiz do Paraitinga.

Vítimas fatais

Neste domingo, a empresa de ônibus AndreaTur, responsável pelo veículo que tombou,  confirmou a identidade das seis pessoas que morreram no acidente.

  • Felipe Ramiro dos Santos, de 24 anos;
  • João dos Santos Leite, 60;
  • Ademilson Ferreira dos Santos, 41;
  • Ana Julia Sousa Santos, 8;
  • Solange Santana Novaes;
  • Marizete Venâncio

A AndreaTur assumiu o compromisso de fazer o traslado de todos os corpos.

Entre as vítimas fatais, estava a filha de 8 anos do motorista do ônibus, Edson Santana Sabino, 44 anos. O corpo de Ana Julia Sousa Santos foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Caraguatatuba e já havia sido liberado na manhã de hoje.

O homem trabalhava como motorista de coletivo e chegou a prestar serviços para uma empresa do transporte público na capital. Nas folgas, ele fretava veículos e fazia passeios em grupo para conseguir uma renda extra. "Eu estou em choque, sendo medicado para suportar. Não tenho condições de lembrar o que aconteceu ontem", disse Edson ao G1 .

Investigação

A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) informou que o ônibus estava com a documentação e licenças em dia. A polícia, porém, investiga se o acidente ocorreu durante uma tentativa de burlar a fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), já que, para viagem interestadual, seria necessária uma licença do órgão, o que Edson não tinha.

Os fiscais suspeitam que o motorista tenha seguido por Ubatuba, de onde ele tentaria continuar para Paraty, o destino final, de forma irregular.


Além disso, conforme apuração do iG , a rodovia onde o ônibus passava não permite esse tipo de veículo. À polícia, Edson disse que não sabia dessa informação e que foi orientado pelo GPS a seguir pela via.

No trecho da serra, ele foi parado por agentes do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) que pediram que ele não seguisse viagem e, no retorno, perdeu o controle do veículo, que tombou.

Os policiais também investigam a dinâmica do acidente. Um dos passageiros contou, no boletim de ocorrência, que um veículo no sentido contrário teria feito uma ultrapassagem e invadido a pista em que o coletivo seguia. Assim, Edson teria tentado desviar, mas o ônibus tombou e a lateral atingiu a mureta e concreto.

A velocidade do ônibus no momento do acidente não foi divulgada, mas o tacógrafo do veículo foi apreendido pela polícia. A Polícia Civil informou que deve ouvir o motorista, mas ainda não colheu seu depoimento porque Edson precisou ser sedado após saber da morte da filha.

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