Fábio Machado de Souza
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Fábio Machado de Souza

Acusado de espancar uma mulher até a morte na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, em junho 2016, Fábio Machado de Souza, foi condenado a uma pena de 24 anos de prisão em regime fechado por crime de feminicídio, na última quarta-feira. O assassinato aconteceu dois meses antes da abertura dos Jogos Olímpicos do Rio. Segundo declarou a polícia na ocasião do fato, Fábio alegou ter cometido o crime porque estaria drogado e sem dinheiro para pagar por um programa sexual com a vítima, que, à época, era mãe de uma criança de 12 anos. A defesa do homem ainda pode recorrer da sentença condenatória em instância superior.

Fábio foi preso dois dias depois do assassinato ao tentar roubar e estuprar uma outra garota de programa, bem próximo do local em que havia assassinado a primeira vítima. Ele foi detido por PMs quando tentava fugir com a bolsa da mulher, na Rua Hilário de Gouveia. No dia 5 de junho de 2016, o corpo da vítima de homicídio havia sido encontrado na altura do Posto 3 da Praia de Copacabana. Ela estava nua da cintura para baixo e tinha marcas de esganadura no pescoço.

Em um trecho da sentença, o juiz Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal da Comarca da Capital, classificou Fábio como sendo um homem frio, que após o assassinato foi para casa dormir como se nada tivesse acontecido. "(...) A personalidade do acusado é adversa e corrompida já que não prestou socorro à vítima, nem demonstrou arrependimento. Aliás, retrata a prova dos autos que mesmo após tudo isso retornou ao local para ver o cadáver da jovem, encontrando-a morta e gelada, o que não lhe sensibilizou, pois ainda assim retornou à sua residência para dormir de forma tranquila. Evidencia-se, assim, extrema frieza e completa ausência de remorso do acusado", escreveu o juiz em parte da sentença.

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Fábio foi condenado por feminicídio com emprego de meio cruel sem chances de defesa da vítima. Ele já era velho conhecido da polícia. Na ficha criminal do acusado há oito anotações, sendo cinco delas por crimes de estupro. Depois de ganhar liberdade provisória, ele voltou a ser preso em 2017 e atualmente está recolhido em uma unidade penal do sistema penitenciário do Rio de Janeiro à disposição da Justiça.

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