Grupo armado atira contra festa paredão e deixa mortos e feridos em Salvador
Reprodução/redes sociais
Grupo armado atira contra festa paredão e deixa mortos e feridos em Salvador

A delegada Andrea Ribeiro, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil da Bahia, disse que já foi identificado o principal alvo do  tiroteio ocorrido na madrugada desta quarta-feira numa festa tipo "paredão" — eventos realizados na rua, quando são usados aparelhos de som automotivo — no bairro Uruguai, em Salvador. Na ocasião, 18 pessoas foram baleadas. Seis delas morreram, entre elas um homem chamado de Cleiton, conhecido como Binho. A polícia não divulgou o nome completo dele, mas confirmou que a vítima seria o alvo dos atiradores.

Pessoas que estavam com Cleiton revidaram os disparos. Pelo menos dois envolvidos na ação já foram identificados, reconhecidos como atiradores e estão presos sob custódia. Ambos serão autuados em flagrante, afirmou a delegada. A polícia, agora, tenta saber quem são os inocentes atingidos durante o tiroteio.

"O que a gente tem até agora é que esse crime teria sido motivado entre um desentendimento entre essas pessoas que estariam armadas no "paredão", no bairro Uruguai. Inicialmente o desentendimento seria com um desses indivíduos que veio a óbito. Indivíduos que teriam perpetrado disparos de arma de fogo contra esse indivíduo e pessoas que estariam na companhia dele revidaram. Por causa disso houve vários disparos de arma de fogo que atingiram não só essas pessoas que estavam armadas como também pessoas que estavam ali para se divertir", disse Andrea.

A informou que Cleiton tinha anotações criminais por homicídio e roubo, mas ainda as investigações ainda não apontaram para a ligação dele com uma facção criminosa.

"O desentendimento teria acontecido com ele, entre indivíduos que estariam nessa festa e de indivíduos que veio a óbito. As nossas investigações giram em torno disso: de identificar não só as pessoas que teriam atirado contra Binho e os comparsas dele, que o acompanhavam ali naquele momento. No caso só ele veio a óbito até o momento. É o que nós temos", destacou a delegada.

Andrea frisou ainda que os investigadores tentam apurar se o tiroteio deixou outros feridos, além dos 12 atendidos em unidades de saúde.

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"É possível que tenhamos outros baleados. São muitas frentes (policiais) em campo justamente para que a gente possa identificar... essas pessoas têm que ser ouvidas. E catalogar outras que não apareceram para a gente nessa listagem inicial. Esse trabalho já está sendo feito. Estamos em busca não só dessas pessoas que tiveram atendimento médico e também de outras, que porventura tenham sido atingidas mas não procuraram unidades de saúde", disse ela.

A delegada acredita que, entre os feridos, existam inocentes. Segundo ela, ao longo do dia os policiais tentarão identificar quem são essas pessoas:

"Saber quem é quem, quem estava efetivamente envolvido e quem estava ali realmente para se divertir, é a separação do joio do trigo, que é importante numa investigação dessa natureza."

Mortos identificados

O tiroteio ocorreu durante a madrugada. Um homem e um adolescente morreram no local. Outros quatro baleados chegaram a ser socorridos, mas não resistiram. Cinco das vítimas fatais foram identificadas como Deivison da Conceição Santos Santana, Alexsandro dos Santos Seixas, Adriane Oliveira Santos, Jailton Sales do Santos e Terezinha Sales dos Santos, informou a Polícia Civil. A sexta vítima está sem identificação formal, segundo a corporação.

Os feridos foram levados para diferentes unidades de saúde. Parte deles seguiu para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) dos bairros Santo Antônio e San Martin e para o Hospital Geral do Estado (HGE). Ainda não há informações sobre o estado de saúde deles.

Num vídeo é possível ver imagens desfocadas da festa, barulhos de disparos e a correria das pessoas que participavam do evento logo após os tiros. A pessoa que gravou as imagens diz que ouviu "rajadas": "E foi de rajada. Não foi negócio de dois tiros, três, não".

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