A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo abriu um novo procedimento de investigação contra o influenciador digital e policial Carlos Alberto da Cunha, conhecido como Delegado Da Cunha , após ele abordar um dono de bar que mantinha máquinas caça-níqueis no Tremembé, na zona norte de São Paulo. A informação foi divulgada pelo portal "R7" e confirmada pelo Globo.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou que a corregedoria foi comunicada dos fatos e que "instaurará procedimento para investigar se houve irregularidade na conduta do delegado de Polícia". A SSP-SP afirmou ainda que Da Cunha foi ouvido como testemunha na ocorrência de jogo de azar, registrado no 73º DP, com apreensão de cinco máquinas caça-níqueis.
Em suas redes socias, o policial afirmou que apenas fez a denúncia contra o bar e foi para a delegacia como testemunha, após acionar a Polícia Militar e a Civil sobre o caso.
Porém, segundo publicou o "R7", o advogado do proprietário do bar afirmou que Da Cunha fez uma gravação e abordou o comerciante com uma arma, para realizar uma revista pessoal e denunciá-lo por manter máquinas de jogos de azar.
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Após a equipe de gravação de Da Cunha fazer as imagens e deixar o local, o proprietário do bar teria acionado a Polícia Militar. O delegado do 73º DP (Jaçanã) teria então apreendido a arma de Da Cunha, além das máquinas caça-níqueis do bar e acionado a Corregedoria da Polícia Civil.
O policial e influenciador foi afastado das ruas, após a abertura de investigações dentro da corporação sobre eventuais crimes de abuso de autoridade.
A Justiça de São Paulo acatou um pedido do Ministério Público de SP e determinou, na última terça-feira (05), o arquivamento do inquérito policial que investigava a suposta prática de peculato. Porém, na mesma decisão, o juiz Fabio Pondo de Matos determinou a continuidade das investigações sobre eventuais crimes de abuso de autoridade e violação de sigilo funcional.