O presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
discursou há pouco na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e defendeu o uso do tratamento precoce - que não possui eficácia comprovada - no combate a pandemia do novo coronavírus. "Não entendemos por que muitos países se posicionaram contra o tratamento inicial. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos", declarou o mandatário. Assista:
Em seu tradicional discurso de abertura, o representante brasileiro repetiu as declarações dadas aos apoiadores e afirmou que o país encontrava-se próximo de se tornar um regime comunista.
"O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo. Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo."
Na sequência, o presidente ressaltou pontos de avanços na economia como a assinatura de contratos para ferrovias e leilões de aeroportos e terminais portuários.
Bolsonaro aproveitou para defender o meio ambiente e ressaltou o compromisso do Brasil em atingir a neutralidade climática até 2050. Sem a comprovação, Jair disse que a Amazônia teve "uma redução de 32% do desmatamento no mês de agosto, quando comparado ao ano anterior".
Dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônica (Imazon), porém, dizem o contrário. Segundo relatório produzido pelo órgão, o último mês de agosto registrou o pior desmatamento na Amazônia dos últimos 10 anos. Em relação ao ano passado, o acréscimo foi de 7%.
Por fim, o presidente garantiu que o Brasil concederá vistos humanitários a "cristãos, mulheres, crianças e juízes" que desejam sair do Afeganistão e declarou-se contrário a utilização do "passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina".