A pandemia fez com que a população de rua do Distrito Federal crescesse em 30%, informou o gerente do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS), André Santoro, ao Metrópoles . Além disso, a perda de emprego e renda fez com que a demanda passasse de 1,8 mil pessoas para cerca de 2,4 mil.
Somente em setembro, pelo menos 20 pessoas em situação de rua foram encaminhadas pelo governo do estado para o Centro Pop da Asa Sul.
De acordo com a administradora regional do Sudoeste e Octogonal, Tereza Canal, algumas das pessoas até têm onde morar, mas "preferem a rua por achar que conseguem mais ajuda". "Aqui no Sudoeste tem uma família do SIA que opta por circular e pedir", disse ela ao Metrópoles .
O gerente do SEAS afirmou que as doações diretas da população podem, de certa forma, estimular que essas pessoas continuem nas ruas.
De acordo com ele, as doações não devem deixar de existir, mas elas precisam ser feitas por meio de instituições confiáveis, que tenham o registro no Conselho de Assistência Social da pasta. "A mesma comunidade que reclama [das pessoas vivendo nas ruas] é que doa. E isso pode ser mudado", disse ele.