Marco Antonio Pereira Gomes, caminhoneiro popularmente conhecido como Zé Trovão e que teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal , não irá se entregar à polícia até o dia 7 de setembro. No dia, ocorrerão as manifestações de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e, segundo Trovão, seu plano é se entregar à Polícia Federal "no meio do povo".
"Vou me entregar para vocês dia 7 de setembro, no meio do povo. Vai me buscar lá. Só isso que eu tenho para dizer. […] Eu não quero que ninguém feche barreiras. O povo abre e deixa a polícia me prender no meio do povo. Dia 7 de setembro vocês podem me prender", disse Trovão durante transimssão ao vivo em suas redes sociais.
O advogado Levi de Andrade é o responsável pela defesa do caminhoneiro e confirmou que seu cliente não aparecerá até o feriado de independência do país. Segundo o profissional, Zé estaria em um local desconhecido e seu ato de 'ignorar' o pedido de prisão pode ser considerado uma resistencia. "Tentaram silenciar 10 líderes, mas se esqueceram que existem 10 mil líderes que vão ás ruas no feriado da independência. A decretação da prisão vai insuflar ainda mais os manifestantes".
Mesmo tom provocativo e sugerindo que a idéia provocaria os participantes do ato, Levi garante que as manifestações serão pacíficas. "Em todas as cidades haverá policiais militares à paisana entre os manifestantes. Eles estão prontos para agir em caso de tumulto e entregar os desordeiros às autoridades. A chance de uma invasão do STF ou do congresso Nacional é zero".
Mesmo com a sugestão de que policiais irão integrar as manifestações bolsonaristas, oito estados brasileiros - São Paulo, Distrito Federal, Bahia, Paraíba, Espírito Santo, Maranhão, Piauí, Amazonas e Roraima - prometeram uma punição a oficiais de segurnaça que participarem dos atos no dia 7 de setembro.