O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) abriu investigação nesta terça-feira para apurar se um policial civil está envolvido no caso do helicóptero que caiu em Mato Grosso com cerca de 300 kg de cocaína . A aeronave está em nome do papiloscopista Ronney José Barbosa Sampaio.
O helicóptero foi localizado no domingo em uma fazenda em Poconé, no Pantanal mato-grossense. De acordo com o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), a aeronave foi encontrada após a corporação ter sido chamada para dar apoio à Polícia Federal, que já tentava localizar e abordar um helicóptero.
A informação das autoridades policiais era de que a aeronave estaria envolvida em atividades ilícitas de tráfico internacional de drogas. Os agentes encontraram sacos de cocaína dentro do helicóptero. Os entorpecentes foram avaliados em R$ 6,9 milhões.
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A aeronave modelo R44, matrícula PT-RMM, estava parcialmente destruída. Segundo o Ciopaer, não havia nenhuma vítima a bordo, nem indícios de pessoas feridas. Até o momento, os tripulantes não foram localizados.
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Em entrevista ao G1, Sampaio disse que comprou o helicóptero há um ano mas o recibo da venda foi feito em 25 de maio de 2021. Seguindo a regra da aviação, o registro da negociação deveria ter sido feito até o dia 25 de junho.
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- Eu comprei ele [o helicóptero] tem um ano mais ou menos. Mas como eu não tinha dinheiro pra arrumar o documento, eu vendi - disse Ronney.
Mas a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) desmente Sampaio. De acordo com o órgão, o servidor público adquiriu a aeronave em 30 de abril deste ano e, não, em 2020, como informado.
Essa discrepância de versões e o envolvimento de Sampaio com o transporte de drogas serão investigados pelo MPDFT. O Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) ficou responsável pela apuração.