A Prefeitura do Rio está usando as redes sociais e sites da internet para monitorar a realização de festas clandestinas em casas de swing e em saunas da cidade, com o objetivo de reduzir o risco de transmissão da Covid-19. O rastreamento, feito pelo setor de inteligência da Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop), tem dado resultado: entre abril e julho, a fiscalização interditou quatro encontros desse tipo. No último deles, na sexta-feira, dia 16, a Seop interrompeu uma festa para 300 pessoas em uma casa de swing na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Ao todo, no período foram interditadas duas festas de swing — uma delas realizadas ao ar livre — e duas comemorações coletivas que ocorreram em saunas. A Seop chegou até os eventos através do mapeamento de redes sociais, denúncias recebidas e pela própria ação de fiscalização.
A primeira festa de swing interditada este ano foi descoberta quase por acaso. Em 5 de abril, quando até a permanência de banhistas na areia era proibida, agentes da Coordenadoria de Estacionamento e Reboque da Seop faziam uma ronda na Praia da Reserva, na Barra, por volta das 21h40, quando notaram vários carros estacionados na orla em um local escuro.
Ao parar os veículos, os fiscais descobriram que ali estava sendo realizada uma festa de swing. Alguns participantes estavam seminus, mas mesmo assim se aproximaram para evitar que seus carros fossem rebocados. De acordo com a Seop, dez proprietários foram autuados por estacionamento irregular. Três motoristas não apareceram e seus veículos acabaram sendo rebocados. O organizador do evento não foi localizado, mas quem foi autuado ou teve o carro rebocado teve de pagar multas que variam entre R$ 88,38 e R$ 293,47.
Já nas noites dos dias 10 e 11 do mesmo mês , duas festas foram interrompidas em saunas masculinas. Uma delas, em Botafogo, reunia 70 pessoas. O outro evento do tipo foi interrompido pela fiscalização no Centro do Rio. Os responsáveis pelos dois eventos foram multados por violação de medida sanitária. Os valores das multas não foram divulgados.
No caso da última sexta-feira, a casa Asha Club foi multada em R$ 15 mil por permitir o consumo de cigarro em ambiente fechado e por violar medida sanitária. Nenhum cliente recebeu multas.
De acordo com a Prefeitura do Rio, de janeiro até junho deste ano 151 festas e eventos clandestinos foram encerrados pela fiscalização em vários pontos da cidade. Brenno Carnevale, secretário de Ordem Pública, faz um apelo para que a população não frequente locais aglomerados.
"A prefeitura segue nas ruas realizando as fiscalizações das medidas de proteção à vida. Em relação às festas e eventos irregulares, atuamos tanto através das denúncias da população, quanto do setor de Inteligência da Seop, que mapeia e monitora eventos por todo o município. Desde o início do ano, já fechamos mais de 150 eventos em boates, casas particulares, festas em alto mar, saunas e até em casas de swing. Fica então o nosso apelo à população para que não frequente lugares com aglomerações e não desrespeite as regras sanitárias! Até o fim da pandemia, as fiscalizações vão continuar por toda a cidade", diz Carnevale.