O prefeito do Rio, Eduardo Paes, sancionou, nesta terça-feira, o projeto de lei que dá o nome de Henry Borel à próxima unidade escolar municipal a ser construída na cidade. A proposta é de autoria dos vereadores Marcio Ribeiro (Avante) e Marcio Santos (PTB). A publicação foi feita nesta quarta-feira no Diário Oficial do município. O menino de 4 anos morreu em 8 de março.
A mãe de Henry, Monique Medeiros da Costa e Silva, e o namorado dela, o médico e ex-vereador Jairo de Souza Santos, o Dr. Jairinho, são presos desde abril. O casal é réu pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado contra o menino de 4 anos.
Na madrugada de 8 de março, segundo os depoimentos prestados por Monique e Jairinho na 16ª DP (Barra da Tijuca), o menino foi encontrado no chão de um dos quartos do apartamento onde moravam, na Barra da Tijuca, com os pés e mãos gelados e olhos revirados. Ele foi levado para atendimento de emergência no Hospital Barra D'Or. De acordo com a equipe médica que realizou o atendimento, ele chegou já sem vida.
O laudo de necrópsia apontou que a criança sofreu hemorragia interna e laceração hepática e apresentava equimoses, hematomas, edemas e contusões que não seriam compatíveis, segundo peritos, com um acidente doméstico, como queda.
O inquérito, aberto no dia da morte do menino, ouviu 29 testemunhas, entre familiares, funcionários e vizinhos da família. Alguns foram ouvidos mais de uma vez e mudaram seus depoimentos. Também depôs um alto executivo da área de saúde, que foi contatado por Jairinho para tentar impedir que o corpo do menino fosse encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), onde foram atestadas as agressões à criança.
Entre os depoimentos, a ex-babá de Henry, Thayna de Oliveira Ferreira, de 25 anos, afirmou ter presenciado três agressões de Dr. Jairinho contra o menino. A ex-babá contou ainda que Monique solicitou que ela apagasse as mensagens trocadas entre as duas em 12 de fevereiro e que a avó materna de Henry sabia das agressões.