Reverendo que teria sido autorizado a negociar vacinas não irá depor à CPI

Depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula estava previsto para quarta-feira desta semana; Religioso apresentou atestado médico

Foto: Reprodução/Agência Senado
Reverendo Amilton Gomes de Paula apresentou atestado médico para não precisar comparecer à comissão de inquérito

O reverendo Amilton Gomes de Paula , que teria sido autorizado pelo Ministério da Saúde a negociar a compra de vacinas, enviou um atestado médico à CPI da Covid informando que não poderá prestar depoimento na quarta-feira. Ele comunicou estar com crise renal. Com isso, a programação dos depoimentos desta semana está sendo revista.

Amilton também teria apresentado o policial militar Luiz Paulo Dominguetti a integrantes do Ministério da Saúde. Dominguetti tentava vender 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca negociadas pela empresa Davati, com sede nos Estados Unidos.

Segundo o depoimento do PM na CPI, o ex-diretor do Departamento de Logística (DLOG) do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias pediu propina na negociação. Roberto nega e diz que não deu prosseguimento às tratativas porque a empresa não comprovou representar a AstraZeneca.

"O diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Lauricio Monteiro Cruz, deu autorização para o reverendo Amilton Gomes de Paula negociar 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca em nome do governo brasileiro. A revelação foi feita neste sábado (3/7) pelo Jornal Nacional, da TV Globo, que teve acesso a troca de e-mails", diz trecho do requerimento de convocação, apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues.


O cronograma desta semana também prevê os depoimentos de: Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos, empresa parceira do laboratório indiano Bharat Biotech, na terça-feira; Marcelo Blanco, ex-diretor substituto do DLOG do Ministério da Saúde , na quinta-feira; e Cristiano Carvalho, representante no Brasil da empresa Davati, na sexta-feira.