Foi preso neste sábado, dia 12, o miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, em ação da Polícia Civil. O criminoso, um dos mais procurados do país, foi encontrado numa casa na comunidade das Três Pontes, em Pacidência.
Em razão da data, a operação foi denominada Dia dos Namorados. Ao longo de seis meses de investigação, a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPim) concluiu, com base em informações da inteligência, que este seria o dia ideal para capturá-lo.
A Operação Dia dos Namorados foi coordenada pela Subsecretaria de Planejamento Operacional.
Apesar de ser réu em nove processos criminais, Ecko circulava pela cidade escoltado por seguranças, frequentava casas em bairros nobres e dialogava com policiais, traficantes e pistoleiros.
Ele chefia o maior consórcio criminoso do Rio: sua milícia, antes restrita à Zona Oeste, que agora está presente em 20 bairros da capital e outros seis municípios da Baixada Fluminense e da Costa Verde.
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Numa comparação com a criminalidade advinda do tráfico de drogas, a milícia de Ecko, composta majoritariamente de ex-membros do tráfico e não mais de policiais, é hoje maior que cada uma das três maiores facções criminosas do Rio de Janeiro, pelo critério de áreas dominadas.
Ecko e Adriano
A aproximação entre Ecko e Adriano da Nóbrega teve consequências importantes na geopolítica do crime no Rio. A cumplicidade entre os dois tornou possível uma inédita aliança entre diferentes grupos criminosos, que acabou ampliando o avanço das milícias pelo estado.
Se antes os grupos paramilitares das zonas Oeste e Norte do Rio agiam de forma independente e descoordenada, depois da aproximação entre Ecko e Adriano passaram a ser sócios, atacando favelas dominadas pelo tráfico e, juntos, defendendo seus redutos de ataques rivais.
“Ecko e Adriano formaram um corredor entre as zonas Norte e Oeste todo dominado pela milícia”, resumiu um policial federal que investigou a conexão entre as quadrilhas.