Senadores da CPI da Covid poderão apenas votar requerimentos nesta quinta-feira (10). Isso porque a decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), que possibilitou o depoente Wilson Lima - governador do Amazonas - em não comparecer à comissão pode mudar os rumos da sessão.
Entre as principais votações que ocorrerão nesta quinta, destacam-se as convocações e pedidos de quebra de sigilo telefônico.
Convocações:
- Carlos Gabas, ex-secretário-executivo do Consórcio Nordeste;
- Wagner Rosário, ministro da Controladoria Geral da União.
Pedidos de quebra de sigilos:
- Carlos Wizard, empresário e suposto integrante do chamado "gabinete paralelo";
- Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde;
- Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores;
- Elcio Franco, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde na gestão Pazuello;
- Filipe Martins, assessor da Presidência da República;
- Luciano Dias Azevedo, médico que supostamente participou da reunião que buscava alterar a bula da cloroquina;
- Marcellus Campêlo, secretário de Saúde do Amazonas;
- Markinhos Show, ex-assessor de Eduardo Pazuello;
- Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde;
- Nise Yamaguchi, oncologista e defensora da cloroquina;
- Paolo Zanotto, virologista que supostamente integrava o "gabinete paralelo";
- Zoser Hardman de Araújo, que assessorou juridicamente Pazuello no Ministério da Saúde;
Há a possibilidade de aprovação da quebra de sigilos fiscais e bancários da Associação Dignidade Médica de Pernambuco e de empresas de marketing e/ou publicidade.
Senadores membros da comissão parlamentar de inquérito ainda não entraram em um consenso à respeito da aprovação ou não dos requerimentos, mas os opositores acreditam que terão a maioria na votação.
Markinhos Show, ex-assessor de Pazuello , pediu à CPI que não quebre seus sigilos pois seu depoimento ainda não foi realizado. Por isso, trata-se de uma medida "excessiva".
A possibilidade de votação apenas dos requerimentos apresentados pelos membros da CPI ocorre após a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber , autorizar o depoente desta quinta-feira - o governador do Amazonas, Wilson Lima - a não comparecer à comissão. A decisão da magistrada baseou-se na prerrogativa de um investigado não produzir provas contra si, uma vez que o político é investigado e denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).