A família de Bruno Covas
, incluindo seu filho Tomás, de 15 anos, participou da missa de sétimo dia
em memória do prefeito que faleceu no último domingo, aos 41 anos, vítima de câncer. Autoridades e políticos também participaram da celebração, que aconteceu na Catedral da Sé, na capital paulista. Igrejas de todos os distritos da cidade também realizaram missas em homenagem a Covas.
A solenidade foi presidida por Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo. Entre os políticos que acompanharam a missa estão o governador de São Paulo, João Doria
(PSDB); o vice-governador do Estado, Rodrigo Garcia
(PSDB); o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes
(MDB), o ex-governador Geraldo Alckmin
(PSDB) e o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite
(DEM).
Além de Tomás, outros membros da família, como os pais de Covas, Renata Covas Lopes e Pedro Lopes, também estiveram presentes. Católico praticante, Nunes compareceu à cerimônia portanto um terço e discursou em homenagem ao companheiro de chapa.
"Bruno nos trouxe um exemplo importante de que é sempre importante manter a fé, a esperança, e até o último momento lutou pela vida. Foi uma grande lição, ter fé, acreditar e não reclamar. (...) Nas vezes em que eu falei com ele, sempre preocupado com a cidade, com as pessoas", afirmou o prefeito, que prometeu mais uma vez continuidade na gestão da maior cidade do país.
Ao falar das metas de campanha, Nunes prometeu entregar 1.000 vagas em hotéis para moradores de rua, e afirmou que as políticas públicas voltadas aos mais pobres e vulneráveis serão prioridade da prefeitura.
Tio de Bruno Covas, Mario Covas Neto discursou na cerimônia em uma fala que traçou paralelos entre Bruno e o avô, o ex-governador de São Paulo Mario Covas, morto em 2001 no fim de seu segundo mandato também em decorrência de um câncer.
"Tem dois conceitos básicos que ele (Mario Covas) deixou muito firmemente na imagem de todos que o acompanharam: o apreço pela democracia e que você tem de lutar pelos que mais necessitam, porque esses muitas vezes não têm alternativa (...). Esses dois conceitos nortearam a vida do Bruno", disse Covas Neto.
O prefeito Bruno Covas
foi diagnosticado com um câncer na cárdia, uma válvula entre o esôfago e o estômago, em outubro de 2019 e vinha em tratamento da doença desde então. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês
, na capital paulista, desde o último dia 2, quando pediu licença da prefeitura.
Na mais recente internação, Covas voltou ao hospital queixando-se de dores e fraqueza. Os médicos descobriram que ele tinha uma hemorragia no estômago, no lugar de um dos tumores, o que causou anemia, e o colocaram por dois dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo médicos, o prefeito sempre mostrou otimismo com seu tratamento.