Em São Paulo , após assumir o comando por completo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), no momento, deve começar a pensar nos três anos e sete meses que terá pela frente para apresentar a população local seu modo de governar. Segundo Nunes, atualmente, sua preocupação é de não causar grandes mudanças e nem nos projetos em andamento. As informações foram apuradas pelo Estado de São Paulo.
Em entrevista, o atual prefeito disse que tem a intenção de dar continuidade no trabalho de Bruno Covas ."A eleição PSDB/MDB, liderada pelo Bruno, apresentou as nossas propostas para cidade e vou somente dar continuidade. Trabalhar muito, junto à nossa equipe, para honrar a memória do Bruno, nosso grande líder. Força, Foco e Fé", declarou Nunes, recitando o slogan eleitoral do tucano.
Nunes já sabia do estado de saúde de Covas, assim como os auxiliares mais próximos do antigo prefeito. O assunto passou a ser não mais sobre cura e sim sobre sobrevivência. Porém, todos se assustaram com o avanço da doença nas últimas semanas, o que acabou acelerando o processo de transição.
Conhecido e respeitado na Câmara Municipal, local onde exerceu dois mandatos, Nunes ressaltou ter como “trunfo" o conhecimento sobre contas municipais, pois em sua época de parlamentar, participou da criação de sete de oito leis orçamentárias aprovadas e também participou de CPIs com foco fiscal.
É considerado mais conservador e de direita no ambiente político do que o prefeito Covas. Ele pretende criar uma forte ligação com a Igreja Católica e relação pode ajudar na elaboração de parcerias com entidades religiosas para fazer com que usuários da Cracolândia aceitem participar de tratamentos e ajudar os moradores de rua na procura de abrigos em albergues de São Paulo.
Em relação a regras relacionadas a pandemia do novo coronavírus , a expectativa é de seguir com o planejamento, como, por exemplo, os critérios técnicos para a liberação ou não de alunos nas salas de aula e sobre a ampliação do comércio.
Nunes, atualmente terá de negociar seus projetos com vereadores petistas, membros da oposição, que de alguma forma, podem ser considerados menos aguerridos.