O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin , disse em entrevista que o Brasil precisa "sair da crise sem sair da democracia" e que o país se encontra na "antessala do golpe" em decorrência do "populismo totálitário que ronda a democracia brasileira". As informações são do jornal Correio Braziliense.
Fachin mostrou-se favorável a aquisição de mais vacinas para o combate à pandemia do novo coronavírus no Brasil e e disse que o direito fundamental ao acesso a saúde passa pela distribuição "universal e gratuita" dos imunizantes.
O magistrado relatou, também, que a pandemia do novo coronavírus alterou até mesmo as rotinas entre os ministros, já que "encontros entre os ministros são agora virtuais, nas chamadas reuniões por videoconferência, as audiências são feitas por aplicativos de chamada virtual". Segundo Fachin , porém, esta nova realidade está longe de oferecer a proximidade das relações pessoais.
Ao opinar sobre a situação política do país, o ministro do STF reiterou que é "imprescindível" a formação de um projeto suprepartidário para os próximos anos, pois a população hoje encontra-se em contraste com as instituições brasileiras. Fachin avalia que o principal objetivo do país para as próximas eleições é "preservar o sistema eleitoral".
Segundo o magistrado, que se tornará presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à partir de fevereiro de 2022, a política brasileira possui "mais parasitas do que hospedeiros."