Ex-presidente já defendeu a operações da polícia nas favelas do Rio de Janeiro
Agência Brasil
Ex-presidente já defendeu a operações da polícia nas favelas do Rio de Janeiro

Após a operação policial que resultou em 25 mortes no Rio de Janeiro - a ação mais trágica da história do estado - o ex-presidente Lula (PT) usou as suas redes sociais para condenar a ação dos agentes de segurança. Porém, 14 anos atrás, o petista defendeu a atuação enérgica dos policiais após uma ação no complexo do Alemão que resultou em 19 mortes.

Na última quinta-feira (06), Lula escreveu que era "grave uma operação policial terminar na morte de 25 pessoas. Isso não é segurança pública. É a ausência do Estado oferecendo educação e emprego a causa de boa parte da violência. Os brasileiros estão morrendo sem vacina, de fome e pela violência. Vidas brasileiras importam". Veja a publicação:


Porém, no dia 02 de julho de 2007, o então presidente Luis Inácio Lula da Silva foi ao Rio de Janeiro para anunciar, junto do então governador Sérgio Cabral, um pacote de investimentos no estado de R$ 3,880 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e falou sobre a operação da polícia que resultou na morte de 19 pessoas. Era a segunda ação policial com mais mortes na história do estado carioca.

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, na época, informou que dos 19 óbitos que aconteceram na operação do complexo do Alemão (zona norte do Rio), 11 deles eram de pessoas com antecedentes criminais.

"Nessa ação de vocês [governo do Estado do Rio] no complexo do Alemão, tem gente que acha que é possível enfrentar a bandidagem com pétalas de rosa ou jogando pó-de-arroz. A gente tem que enfrentá-los sabendo que muitas vezes eles estão mais preparados do que a polícia , com armas mais sofisticadas. A gente tem que enfrentá-los sabendo que a maioria do povo que trabalha lá é de gente trabalhadora, de bem, que não pode ficar refém de uma minoria", disse Lula ao defender a atuação policial.


Lula também declarou que sua intenção era "competir com o crime organizado" no Rio de Janeiro,para "levar benefícios para dentro desses lugares" já que "a ausência do Estado é total" nas favelas.

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