Neste sábado (1º), a Polícia Civil de Betim, Belo Horizonte , apreendeu um homem suspeito de agredir e tentar matar a enteada , de dois anos. As informações foram apuradas pelo G1.
O suspeito foi preso na sexta-feira (30), após ter sua prisão decretada pela 2ª Vara Criminal de Betim. De acordo com a polícia, o homem negou o crime e foi encaminhado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gamaleira.
Caso aconteceu na última segunda-feira (26), no bairro Vila Universal e está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher da região. Segundo Ariadne Elloise, a delegada responsável pelo caso, o inquérito desenvolvido tem como intuito apurar uma tentativa de homicídio qualificado .
"No caso, feminicídio tentado em situação de violência doméstica e familiar, bem como a possível negligência e omissão por parte da genitora”, declarou.
As autoridades trabalham com uma ideia sobre a motivação do crime."Pela nossa linha de investigação, ao que tudo indica, ele [padrasto] tinha muito ciúmes da relação dessa mãe com as filhas, mas ainda tem diligências a serem cumpridas para a gente pode concluir o procedimento", disse a delegada.
Criança teve que ser encaminhada em estado grave para o Hospital Municipal de Contagem, também localizada na Grande BH. Chegando a unidade de saúde, diversas lesões foram detectadas como na orelha e no rosto, que segundo o médico, eram resultados de violência .
Ela foi entubada e precisou ser reanimada. Na sexta-feira (30), os familiares contaram que a menina apresentou melhoras e que já respira sem a ajuda de aparelhos.
A babá da menina, contou as autoridades que estava presente na cozinha quando escutou os gritos da criança, que estava deitada em um colchão no chão do quarto. Quando ela foi até o cômodo, ela estava no colo do marido da mãe, Philipe Emanuel.
Ela então tentou pegar a menina e reparou que estava desacordada. Em seguida, pediu por socorro e foi até uma vizinha, que era técnica em enfermagem. De acordo com a delegada, o padrasto contou que nesse momento, estava tentando reanimar a criança.
Ao ser questionado, homem contou que já encontrou a menina agredida e que nunca havia batido nela. Michel Alves de Oliveira, avô da menina, declara acreditar que outros episódios de agressão tenham acontecido. Tal hipótese também está sendo investigada pela polícia, que acredita que criança passou a ser agredida quando se iniciou o relacionamento de sua mãe.
"Inclusive, de sábado para domingo, a menina já tinha amanhecido com diversos tufos de cabelo arrancados, lesões no pescoço, na face, nas costas. E ela [mãe], embora, orientada, segundo testemunhas, não levou essa menina ao hospital", ressaltou a delegada.