Menina de seis anos morreu após agressões da mãe e de sua madrasta
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Menina de seis anos morreu após agressões da mãe e de sua madrasta

No Rio de Janeiro , a 100ª DP (Porto Real), investiga o caso da menina Ketelen Vitória Oliveira da Rocha , de seis anos, morta no último sábado (24), em um hospital em Resende. De acordo com as investigações, a menina passava por uma rotina de fome, castigos e surras. As informações foram apuradas pelo Extra.

Gilmara Oliveira de Farias, mãe da menina, de 27 anos e sua namorada Brena Luane Barbosa Nunes, de 25, declararam que vítima sofreu agressões do casal mais de uma vez no fim de semana anterior ao seu óbito, na residência onde elas moravam, no bairro Jardim das Acácias, em Porto Real, próximo a Resende. 

Madrasta da menina, Brena Luane Barbosa Nunes
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Madrasta da menina, Brena Luane Barbosa Nunes

Ketelen Vitória foi espancada cerca de quatro vezes, entre os dias 16 e 18 de abril. Em uma das situações teve sua cabeça batida contra a parede até que perdesse a consciência, foi chicoteada com um cabo de TV e levou chutes na barriga.

Gilmara e Brena foram apreendidas por homicídio horas depois de a vítima ter sido levada a hospital municipal. Casal vivia junto a cerca de um ano após terem se conhecido pela internet. Já na delegacia, as mulheres admitiram as agressões contra a criança e ainda trocavam auto-acusações sobre quem maltratava mais a vítima, que recebia alimentação uma ou duas vezes por dia.

Local onde a criança dormia
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Local onde a criança dormia

Entre as punições diárias enfrentadas pela menina, de acordo com uma dos depoimentos colhidos pelas autoridades, Ketelen era obrigada a comer comida estragada e pães mofados. A Polícia Civil desvendou que a vítima começou a ser agredida no dia 16, por ingerir de uma caixa de leite que havia caído no chão. Conforme conta Rosângela Nunes, mãe de Brena, que também morava na casa, a menina havia tomado o leite porque estava "desesperada de fome”, pois sua alimentação básica era café e farinha.

A primeira agressão aconteceu pelas 19h, quando a criança foi empurrada pela sua madrasta de um barranco de sete metros, localizado atrás da residência onde moravam. Em seu depoimento, Brena compartilha ter agido de tal maneira por seguir os comandos de Gilmara. Cerca de quatro horas depois, a menina foi chicoteada com um fio de TV, pisoteada e jogada contra uma parede.

Ribanceira da qual criança foi jogada
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Ribanceira da qual criança foi jogada

A mãe da menina culpa a namorada pelas agressões, mas conta que estava presente e participando de ação que chicoteou e diferiu tapas no rosto de sua filha. No dia 17, as 20h, as agressões voltaram a acontecer. Ela ainda não havia adormecido e com isso, levou chicotadas, chutes e teve sua cabeça jogada contra uma parede até desmaiar.

No dia 18 aconteceria a última agressão a criança. De acordo com as investigações, Ketelen levou chutes e socos até sangrar. Gilmara diz que agressão partiu de Brena e companheira acusa a mãe da criança pelo ato.

Foi na madrugada do dia 19, que a Rosângela, mãe de Brena, avisou para Giomara que sua filha estava passando mal . Porém, a criança só foi levada até um hospital por volta das 9h. Para as autoridades, mãe da menina conta que sua namorada havia trancado a porta do quarto e aberto somente no horário dito. Ketelen foi sepultada no domingo (25), no cemitério municipal de Japeri, na Baixada Fluminense.

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