Nesta segunda-feira (26), a Justiça Federal de Brasília acatou liminar apresentada pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e determinou a retirada do senador Renan Calheiros do posto de relator da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, conhecida como CPI da Covid . Ainda assim, Calheiros será oficializado como relator da comissão. A confirmação foi feita pelo senador Otto Alencar (PSD).
No pedido feito por Zambelli no último dia 19, ela afirmou que Calheiros não poderia “relatar uma CPI na qual o filho dele será investigado”. A fala trata do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB). A decisão foi assinada pelo juíz Charles Renaud Frazão de Moraes.
"O principal foco da minha ação é o Renan Calheiros, pelo fato de ele ser o propenso relator, mas diversos integrantes da comissão são suspeitos. Jader Barbalho (MDB), por exemplo, que é suplente, também é pai de governador, Helder Barbalho (MDB), do Pará". (...) "Essa CPI está lotada de integrantes que, de fato, só querem usar a comissão como palanque. Isso não é opinião, é fato", afirma a deputada ao site O Antagonista.
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À CBN , Otto Alencar (PSD) disse que Calheiros será oficializado nesta terça-feira (27) como relator da investigação. Segundo ele, um juíz de primeira instância não pode influir em uma decisão que cabe somente ao Senado.
Calheiros também se manifestou. Nas redes sociais, o senador disse que a liminar foi orquestrada pelo governo Bolsonaro e classificou a medida como "esdrúxula".