O Presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) discursou na manhã desta quinta-feira (22) na Cúpula do Clima e emitiu informações inverídicas para líderes mundiais sobre os recursos destinados a fiscalização ambiental e contariou uma de suas promessas de campanha.
Segundo Bolsonaro, o governo federal determinou a "duplicação dos recursos destinados às ações de fiscalização". Porém, um ofício do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) - órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente - atesta graves restrições financeiras da pasta para realizar a conservação das áreas ambientais.
Dias atrás, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) sofreu uma paralização de parte dos seus funcionários por ter seu poder autuação reduzido pelo ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. O ano de 2020 registrou a menor quantidade de multas ambientais por desmatamento ilegal na história.
O posicionamento de Jair, inclusive, vai de encontro a uma de suas promessas de campanha. Em 2018, Bolsonaro havia declarado que deixaria o Acordo de Paris caso fosse o vencedor das eleições presidenciais. Na Cúpula do Clima, porém, ressaltou que pretende cumprir as metas estabelecidas.