Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) , recebeu seis depósitos de alguns dos principais assessores do atual presidente na época em que este ainda era Deputado Federal. As informações são de reportagem da Uol .
A irmã da ex-mulher de Jair Bolsonaro foi empregada do gabinete do presidente durante seu período na Câmara por oito anos, de 1998 a 2006. Em seguida, Andrea foi nomeada no gabinete de Carlos Bolsonaro, onde sua irmã Ana Cristina, ex-esposa de Bolsonaro, era chefe de gabinete.
Segundo apurou a reportagem, dados do extrato bancário de Andrea, anexados na investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro MP-RJ, mostram que ela recebeu um total de R$1.115 em seis depósitos em dinheiro vivo entre abril e maio de 2008.
Destes depósitos, três, no valor de R$ 445,00, foram feitos por Jorge Francisco, ex-chefe de gabinete de Jair Bolsonaro. O primeiro, no dia 9 de abril e os outros dois, uma semana depois. Francisco, o assessor, morreu em março de 2018 e é pai do ministro Jorge Antonio de Oliveira Francisco, do Tribunal de Contas da União . Antes, ele comandou a Secretaria-Geral da Presidência da República durante o início do mandato de Bolsonaro.
Os depósitos feitos à Andrea são do mesmo período em que ela sacava, em dinheiro vivo, quase todo o salário que recebia da Câmara de Vereadores.
Andrea é investigada no processo que apura prática de "rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio . Após ser assessora de Jair e Carlos Bolsonaro, ela ficou mais de 10 anos lotada como funcionária de Flávio e, segundo pessoas que conviveram com ela, vivia de bicos, faxinas e participa de campeonatos de fisiculturismo.