O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu uma investigação para apurar uma denúncia de assédio moral praticado pelo presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, contra servidores do órgão.
Segundo o ofício, o MPT vai ouvir dez servidores e ex-funcionários da fundação para saber detalhes sobre o susposto assédio moral. Nos relatos entregues ao MPT consta que Sérgio Camargo "estaria praticando perseguição ideológica a trabalhadores da Fundação que tenham opiniões e posições políticas e ideológicas distintas das suas, caracterizando possível prática de assedio moral".
Ainda de acordo com o MPT, a Fundação Palmares se recusou a enviar informações exigidas no inquérito, como contatos de servidores da pasta e detalhes sobre o funcionamento do canal interno para recebimento de denúncias.
Para os promotores, a apuração é necessária porque os "fatos noticiados são graves" e violam, em tese, a Constituição Federal.
Na última quinta-feira (11), gestores da Fundação Palmares se demitiram coletivamente e apontaram, por meio de uma carta, ingerências de pessoas que não fazem parte do órgão nas decisões da presidência. O documento já faz parte da investigação do MPT.