O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello , está contrariado com a possibilidade de sair do cargo. Neste domingo (14), Pazuello chegou a desmentir boatos de sua saída por problemas de saúde e disse que continua na pasta "até que o presidente peça o cargo" . As informações são da coluna da Mônica Bergamo , da Folha de S. Paulo .
A demissão do ministro já é dada como certa, principalmente devido à pressão que políticos do chamado Centrão têm feito sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O Congresso ameaça até mesmo abrir uma CPI para investigar a gestão do ministro. Nesta segunda-feira (15), o Senado aprovou a convocação dele para informar sobre oxigênio nos estados.
Segundo a Folha , o ministro teria dito a pelo menos dois interlocutores no fim de semana que está saindo porque não entra no jogo político, e por isso querem vê-lo pelas costas. Segundo os relatos, ele chegou até mesmo a bater na mesa em um momento de maior contrariedade. O ministro afirma que é honesto, conhece os números e está fazendo uma boa gestão na pasta.
Na última semana, quando surgiram boatos de que ele estava doente e deixaria a Saúde por causa disso, o ministro desmentiu e emitiu nota afirmando: "Não estou doente, o presidente não pediu o meu cargo, mas o entregarei assim que o presidente pedir" .
Apesar de Pazuello ter um bom relacionamento com Bolsonaro, o desgaste pela nova onda da Covid-19 e a pressão feita sobre o presidente fizeram com que ele passasse a sondar outras pessoas para assumir a pasta.
Nesta segunda, a cardiologista Ludhmila Hajjar disse que recusou o cargo por divergência de opinião com o presidente em alguns aspectos. Agora, outros médicos estão sendo cotados, como os cardiologistas Marcelo Queiroga, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, José Antonio Franchini Ramires, professor titular do Incor (Instituto do Coração) e o deputado federal Luiz Antônio Teixeira Jr. (PP-RJ), ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro e atual presidente da Comissão de Seguridade Social da Câmara.