O ex-presidente Lula voltou a fazer fortes ataques contra os integrantes da Lava Jato nesta quarta-feira (10), durante seu primeiro discurso após a decisão do ministro Fachin . Segundo ele, o ex-ministro Sergio Moro, os procuradores e a Polícia Federal tinham "obsessão" em destrui-lo.
"Não exigiram veracidade do Moro, dos procuradores, da PF, para divulgar as mentiras que contavam ao meu respeito. Agora, que nós estamos com um perito avalizando todas as informações, eles dizem que não reconhecem. Muitas vezes, a maior preocupação deles era com o vazamento, do que seria vazado, e não com as perguntas", afirmou Lula .
"Contra o Lula, não precisava provar nada. Era preciso destruir. Ainal de contas, um torneiro mecânico sem dedo já tinha feito demais e era preciso evitar que esse cidadão pensasse em voltar a governar o país, porque a América Latina, em 500 anos, nunca trabalhou com política de inclusão social", disse o ex-presidente .
Na sequência, Lula chamou os procuradores da Lava Jato de "quadrilha" e afirmou: "Moro entendeu que a única forma de me pegar era me levar para a Lava Jato. Eles tinham como obsessão, porque queriam criar um partido político para tentar me criminalizar".
"O Moro é o maior mentiroso da história do Brasil e não tem o direito de ser considerado heroi por todos que queriam me derrubar. Deus de barro não dura. Tenho certeza que eles (Moro e Dallagnol) estão sofrendo muito mais do que eu sofri porque sabem que cometeram erros, e eu sabia que não tinha cometido nenhum", finalizou Lula .