Bruna Castro, a Barbie do Crime, aplicava golpes pela internet
Foto: Reprodução/Instagram
Bruna Castro, a Barbie do Crime, aplicava golpes pela internet

Conhecida como "Barbie do Crime", a ex-modelo fotográfica Bruna Cristine Menezes de Castro, de 31 anos, cumprirá a pena por estelionato em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Bruna se entregou na quinta-feira (25) e conseguiu entrar com recurso.

A nova decisão, assinada pelo juiz Wilson da Silva Dias, da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas de Goiânia, levou em consideração o argumento da defesa, que justificou o pedido de revogação da prisão preventiva em razão da dependência dos filhos menores de 12 anos.

Bruna foi condenada em 2017 a um ano e nove meses de reclusão por receber e não entregar produtos ofertados em perfis falsos criados por ela nas redes sociais. 

No pedido de liberdade, a defesa argumentou que Bruna "se apresentou espontaneamente junto à autoridade policial, havendo, também endereço certo e fixo". Bruna estava presa desde a quinta-feira na Casa do Albergado, em Goiânia, mas já deixou ontem o presídio.

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"A mesma é mãe de filhos menores e que são dependentes dela, fazendo-se colacionar nos autos fotos-imagens que demonstram o bom convívio familiar, razão pela qual, alega, por fim, que a manutenção em regime prisional mais gravoso é medida extrema e que viola os tratados jurídicos nacionais e internacionais", assinalou a defesa. O magistrado destacou a desobediência de Bruna em relação à pena, mas concordou com o argumento da estelionatária. "Todavia, e não obstante o histórico de reincidência no descumprimento das condições legais e judiciais da pena restritiva de direito desde 2017, aliada as nove audiências de justificação frustradas, por ato exclusivamente da réu, inclusive por estar em local incerto e não sabido, não posso fechar os olhos para o fato de que a sentenciada é mãe de dois filhos menores de 12 anos", afirmou o juiz Wilson da Silva Dias.

O caso

Bruna, com 25 anos, criava perfis de lojas inexistentes e oferecia produtos nacionais e importados a preço baixo. Ela exigia o pagamento antecipado das vítimas e não entregava os produtos, apurou a Polícia Civil.

De acordo com a Polícia Civil, pelo menos de 100 pessoas teriam relatado o golpe aplicado pela ex-modelo, mas nem todas resultaram em indiciamento por causa de desistência ou inconsistências em provas. A prisão da mulher ocorreu em 11 de agosto de 2015. A suspeita conseguiu liberdade, sendo condenada em 2017 a penas alternativas, que teriam sido descumpridas pela ré.

Mas, a desobediência na prestação de serviços comunitários fez a Justiça expedir anteontem um mandado de prisão preventiva. 

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