Ronnie Lessa,  policial militar reformado acusado de matar Marielle Franco
Marcelo Theobald/Agência O Globo
Ronnie Lessa, policial militar reformado acusado de matar Marielle Franco


Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) negaram, por unanimidade, o recurso da defesa dos ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz , acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes. Os dois estão presos há dois anos e serão sentenciados por júri popular .

Segundo a desembargadora Katya Maria de Paula Menezes Monnerat, "a prova oral colhida nos autos trouxe sérios e concretos indícios da participação ativa dos réus no crime . Foram inúmeros depoimentos que cabe ao júri popular analisar e decidir a procedência dos mesmos". Defesa e acusação foram ouvidos na tarde de hoje (9) às 14h30.

A defesa de Élcio, que é acusado de ter dirigido o carro utilizado no atentado, diz que faltam provas que mostrem a ligação do suspeito com o crime. Na audiência de hoje, nenhum advogado compareceu para defender o ex-PM. Ronnie Lessa é apontado como o autor dos disparos.

Já a defesa de Lessa questiona as provas coletadas pelo Ministério Público: "A acusação não há prova e nem indícios de que Ronnie Lessa estivesse dentro daquele carro. Uma testemunha, que não foi ouvida em juízo, categoricamente afirmou que a pessoa que atirou contra o carro que estava a vereadora era uma pessoa negra".


A defesa de Marielle e Anderson argumenta que as provas obtidas até o momento são suficientes para levar os acusados a júri popular. "Provas periciais não deixam dúvidas sobre indícios de autoria . Acreditamos que deve ser mantida a decisão e que os recorrentes sejam julgados pelo júri". Os acusados estão presos no presídio federal de Porto Velho, em Rondônia.

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