Saílson José das Graças , de 32 anos, que ficou conhecido como o serial killer da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro , foi condenado a uma pena de 16 anos e quatro meses de prisão pela morte de Francisco Carlos Chagas. A sentença é do juiz Carlos Gustavo Vianna Direito, da 1ª Vara Criminal, e foi publicada nesta quarta-feira (27).
Ao ser preso, em dezembro de 2014, quando tinha 26 anos, ele disse ter sido o responsável por 43 assassinatos , ocorridos num período de nove anos, e que teria ainda uma lista com nomes de pessoas marcadas para morrer.
A Polícia Civil que investigou a série de crimes supostamente praticada por Saílson, considerou o número exagerado. Ele foi apontado na investigação como tendo participado de pelo menos seis assassinatos e a quatro tentativas de homicídio. Todos os crimes ocorreram em Nova Iguaçu, nos bairros de Santa Rita e Corumbá.
Um dos casos é justamente a morte de Francisco Carlos Chagas, morto com com golpes de faca no dia 23 de outubro de 2014. Cleusa Balbina de Paula, que era sua companheira na época, teria influenciado Saílson a executar Francisco. Ela foi condenada a uma pena 12 anos e sete meses por conta do mesmo crime.
Segundo a investigação feita pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense , Cleusa teria pedido a Saílson para matar a vitima, com quem também teria um relacionamento, por desconfiar que Francisco fosse o responsável pelo sumiço de um celular. Na sentença, o juiz Carlos Gustavo Vianna Direito levou em consideração, em sua decisão de condenar Saílson, os maus antecedentes do réu e as circunstâncias em que o assassinato ocorreu.
"...O réu agiu com culpabilidade reprovável, considerando a premeditação e a frieza no cometimento do crime, além da agressividade com a vítima que foi atacada com várias facadas no pescoço, tórax e abdome, com lesões em pulmões, coração, fígado e carotidiano esquerdo..", escreveu o juiz num dos trechos do documento.
Esta não é a primeira vez que Saílson é julgado por um assassinato. Em em abril de 2018, ele foi condenado a uma pena de 16 anos e seis meses de prisão por uma outra morte. A sentença
foi confirmada, em outubro do mesmo ano, por desembargadores da 8ª câmara criminal do Tribunal de Justiça do Rio, por conta de um recurso impetrado pela defesa. A situação dele pode piorar ainda mais.
Saílson já tem outros dois julgamentos marcados para ocorrer em 2021 e pode ter que passar um tempo ainda maior na cadeia. O primeiro está previsto para ocorrer no próximo dia 10 de junho e o segundo dia 15 de setembro. Saílson foi preso em um bar, em dezembro de 2014, junto com mais duas pessoas, pouco depois de matar uma mulher.