Caso ocorreu em Cuiabá
Flávio André de Souza/Divulgação
Caso ocorreu em Cuiabá

Na terça-feira (19), a juíza da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá , Cristiane Padim, mandou internar a adolescente que atirou e matou a jovem Isabele Ramos Guimarães, de 14 anos . A garota foi condenada a pena máxima de três anos de reclusão em regime socioeducativo, podendo ter sua pena revistas a cada seis meses. As informações foram apuradas pelo G1. 

Isabele foi morta pela melhor amiga por um tiro no rosto, no dia 12 de julho de 2020, em Cuiabá. A jovem responsável pelos disparos chegou a ser apreendida dois meses depois do crime, mas foi liberada no mesmo dia. 

Uma reconstituição do crime foi feita no dia 19 de agosto de 2020. Lá foi constatado que a pessoa que fez o disparo estava entre 20 a 30 cm de distância. No decorrer das investigações, foi constatado que a versão da história apresentada pela garota que fez os disparos, não batia com as situações que aconteceram no dia do morte e que seu comportamento foi doloso, pois foi considerado que ela assumiu o risco de que poderia acabar matando a vítima. 

O Ministério Público Estadual (MPE) então, indiciou a adolescente pelo crime de ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso , quando se tem a intenção ou se assume o risco de matar. No dia 10 de setembro de 2020, a intervenção provisória da jovem foi pedida . Seis dias depois, o MPE pediu a internação da jovem e seu processo começou a correr em segredo de Justiça. 

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Porém, nesse mesmo dia, a defesa da garota conseguiu que a Justiça cedesse um habeas corpus e cerca de 12 horas depois, ela estava solta . Com isso, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso deixou a jovem em liberdade, mas com medidas cautelares como, não sair de casa depois da meia-noite e não consumir bebidas alcoolicas, até o final do processo. 

Os pais da adolescente que matou Isabele viraram réus do processo no dia 17 de novembro de 2020. Eles estão sendo indiciados pelos crimes de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), posse ilegal de arma de fogo, entrega de arma de fogo a pessoa menor, fraude processual e corrupção de menores. O processo ainda está em andamento e nenhum pedido de prisão para os pais foi decretado. 

O pai e o namorado da adolescente que atirou em Isabele também foram acusados. O pai, dono da arma usada no dia do crime e, o filho que levou a arma para a casa da namorada, foram denunciados pelo MPE no dia 2 de setembro. O pai então responderá por omissão de cautela na guarda de arma de fogo, já que deveria guardar a arma em um local seguro, e o adolescente por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo, pois transitou com a arma sem ter autorização para isso. 

Em novembro, mais uma vez o MPE pediu a apreensão da jovem acusada. Mas em dezembro, a família da garota pediu que uma nova perícia fosse feita no DNA encontrado na arma do crime. De acordo a defesa do casal, eles gostariam de saber se o sangue encontrado na arma é mesmo o de Isabele. 
Neste mesmo pedido, a família também pede que uma nova perícia seja feita no local a onde o disparo foi feito, na parte externa do banheiro.

Portas, maçanetas e armários devem ser averiguados novamente em busca de resquícios de pólvora nas superfícies. Ainda foram anexadas pela defesa do casal, fotos do namorado da filha com armas e pediu para que se tenha acesso as mensagens apagadas por ele. A Justiça ainda não deu respostas sobre os pedidos. 

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