O presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar o atraso do Brasil em vacinar a população contra a Covid-19 e defendeu frases polêmicas sobre a pandemia que ele já disse em diversas ocasiões. Bolsonaro esteve mais cedo no Ministério da Saúde para falar sobre o plano de vacinação no país. Depois, ao chegar ao Palácio da Alvorada, conversou com apoiadores.
Enquanto o começo da imunização no Brasil é cercado de incertezas, como por exemplo em relação à aquisição de seringas, outros países estão bem mais avançados, como, por exemplo, Israel e Reino Unido.
"Tava agora na Saúde reunido. O pessoal fica me criticando. Os países todos estão vacinando, não é verdade. Mais ou menos 25% dos países estão vacinando. E detalhe: um fabricante vendeu 10 mil vacinas para vinte e poucos países. Então eles estão vacinando, mas não estão vacinando o povo como um todo", disse Bolsonaro, sem especificar que países são esses nem de onde tirou os números.
Ele fez referências a algumas frases em que minimizou o impacto do novo coronavírus no Brasil. Em dez de novembro, por exemplo, disse que o Brasil precisa deixar de ser um "país de maricas" e lamentou as mortes, mas ressaltou que "todos nós vamos morrer um dia", e ainda afirmou: "tem que enfrentar, pô, é a vida".
"Criaram um pânico perante à população. Quando eu falei lá atrás tinha que enfrentar, "ah, ele despreza a morte". Tem que enfrentar, pô. Como é que é. Tem que enfrentar, pô", disse Bolsonaro nesta terça-feira.
Depois, ironizou: "Falei que todo mundo vai morrer um dia. Pronto, criticaram. Tá, tem gente que não vai morrer".