Saul Klein
, filho do fundador das Casas Bahia
, Samuel Klein (1923-2014), teve que entregar seu passaporte à Justiça e foi proibido de ter contato com 14
mulheres que o acusam de aliciá-las e estuprá-las
em festas em sua casa, em Alphaville (SP), desde 2008
.
Essas medidas de precauções foram solicitadas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) para o andamento da investigação das denúncias, que estão mantidas em segredo de Justiça, segundo a coluna Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
A defesa do empresário afirmou que Klein é um “sugar daddy” , homem que têm fetiche em sustentar financeiramente mulheres jovens em troca de afeto e sexo, mas o advogado diz ele não cometeu os crimes apontados pelas vítimas.
As 14 vítimas foram ouvidas na Ouvidoria da Mulher do Conselho Nacional do Ministério Público, que encaminhou o conteúdo para o MPSP.
“Segundo constou do requerimento, todas as mulheres foram vítimas de aliciamento sexual”, informa o despacho da Justiça citando informações elencadas pela promotoria. “Eram procuradas por aliciadores em redes sociais e outros canais, informadas falsamente de que havia interesse na contratação delas por parte de uma empresa e conduzidas a uma apresentação, a título de teste, para o requerido Saul”, continua.
O despacho diz ainda que os testes eram feitos em um flat , no qual as jovens tinham que usar biquínis ou roupa íntima . “Elas eram convencidas de que, se satisfizessem a lascívia do requerido Saul, poderiam ser contratadas para eventos na ‘mansão’ de Alphaville, quando então receberiam de mil a três mil reais, ou numa casa de campo dele em Boituva”.
O advogado de Klein completa que a relação com as mulheres não era sempre sexual, mas, quando acontecia, era consensual. Ele diz que o empresário dava presentes para elas, porém nunca fez pagamentos às suas amantes e não fazia essas negociações.