O vice-presidente Hamilton Mourão admitiu estar "angustiado" para ser imunizado, ainda sem uma data definida para o início da vacinação contra a Covid-19 . Apesar disso, de acordo com ele, é preciso aguardar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ) libere alguma das vacinas que já apresentaram eficácia contra a doença. As informações são do portal R7 .
Mourão é um dos poucos membros do alto escalão do governo que ainda não contraiu a doença e é entusiasta do imunizante. "Lógico (que tomarei a vacina), sem problema, se está regulamentado, ok, sem problema", disse ele na manhã desta segunda (14) ao chegar ao Palácio do Planalto. Mourão pregou cautela para a definição de uma data de início da vacinação no país. "Também estou angustiado, quero ser vacinado, mas vamos aguardar."
Na ocasião, Mourão disse que ainda é cedo para discutir datas de imunização. "Acho que está precipitado. Mais uma vez está muito polarizado isso aí", comentou. "Eu acho que não (é possível apresentar datas de vacinação). A data é o dia D", disse.
O vice ressaltou que, para distribuir a vacina em território nacional, são necessários seringas e pessoal especializado, por exemplo. "O desembarque da Normandia (na Segunda Guerra Mundial) foi caracterizado como o dia D, mas ninguém sabia qual seria esse dia D, porque se tinha uma série de fatores, tinha que reunir pessoal, material, tinha que ter as condições meteorológicas. É a mesma coisa com a vacina", comparou.
Quando foi questionado se o governo federal poderia comprar a Coronavac, imunizante produzido pela chinesa Sinovac
em parceria com o Instituto Butantan, ele disse que é preciso aguardar. "Ainda precisamos ver mais para frente. Vamos lembrar só uma coisa: quem comprou a Coronavac
? Nenhum país comprou a Coronavac, está todo mundo comprando Pfizer e outras aí, então vamos aguardar", afirmou o vice. Além do Brasil e China, o imunizante também é testado na Indonésia e na Turquia.
Segundo as informações do portal, Mourão ainda afirmou que o governo deve adquirir os imunizantes de acordo com a capacidade de produção. "A compra vai indo de acordo com a produção dessas vacinas. Vai se comprar tudo que tiver que ser comprado. Na minha visão, vai levar um ano vacinando (a população)", finalizou.