O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comemorou nesta quinta-feira (10) a decisão da Anvisa de aprovar o uso emergencial de vacinas contra Covid-19 . De acordo com o parlamentar, a aprovação evita, por enquanto, a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as decisões da agência reguladora.
"A Anvisa felizmente toma uma decisão que nos dá mais tranquilidade porque estávamos caminhando para propor uma CPI de investigação dentro da Anvisa para que os responsáveis sobre esse atraso de uma decisão da agência, que é de Estado e não de governo. Foi bom porque eu já tinha proposto a investigação das irresponsabilidades que eu espero tenham parado hoje, de alguns técnicos da Anvisa em relação à saúde da população brasileira", disse.
"Estamos acompanhado pelas redes sociais e o desespero das famílias está aumentando a cada dia e daqui a pouco os ricos com condições irão para Londres, para o Chile e os brasileiros sem condições ficarão aqui sem leito", complementou o palamentar.
A Câmara dos deputados deve votar, na semana que vem, a medida provisória 1003, que determinará regras da aplicação das vacinas.
"A Anvisa deu uma solução, a Câmara vai dar outra solução e o Supremo, na próxima semana, vai dar outra solução. É importante que fique claro que Estado brasileiro é composto por três poderes e união de Estados e municípios. Ninguém governa sozinho nem pode decidir tudo sozinho", defendeu.
Oposição pede CPI
Líderes da oposição ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados apresentaram, hoje (10), um pedido para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por supostas dificuldades criadas para retardar a aprovação dos testes clínicos das vacinas . O pedido afirma que tais atitudes configuram crime por negligenciar a saúde pública.
Na justificativa do pedido, os líderes da oposição citam o embróglio envolvendo a CoronaVac , desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo , comandado pelo tucano João Dória, desafeto de Bolsonaro.